Gestão de obras: O que é e como fazer?

Gestão de obras: O que é e como fazer?

Podemos compreender a gestão de obras como um processo contínuo e dinâmico, fundamental para a concretização de qualquer projeto do campo da engenharia e da arquitetura.

Contudo, apesar de sua importância, a gestão de obras ainda se configura como uma temática pouco discutida dentro do campo da construção civil. Foi visando suprir essa lacuna que a Entenda Antes decidiu por escrever este post.

No presente texto, discorreremos sobre as variadas facetas presentes na gestão de obras. Ou seja, versaremos sobre as variadas questões dentro do objeto em questão. Nosso percurso textual abrange tópicos que variam desde concepções básicas sobre o gerenciamento de projetos, sobre a diferença entre os conceitos de  “projeto” e “processo”; até mesmo questões relativas ao cronograma de atividades.

Nesse sentido, o presente texto se encontra dividido em dois momentos. Primeiramente iremos explanar de maneira breve sobre o que é gestão de obras. Depois, com essa introdução feita, discorreremos sobre algumas ferramentas do arsenal do gestor de obras.

O que é gestão de obras?

A palavra “gestão” adquiriu uma relativa popularidade nos últimos anos dentro do ambiente empresarial. Contudo, apesar de ser uma palavra muito presente dentro do léxico corporativo, podemos notar que ainda existem diversos equívocos sobre o seu verdadeiro conteúdo.

Portanto, antes de iniciarmos nossa discussão sobre os distintos processos que compõem uma gestão de obras, faz-se necessário discorrer brevemente sobre o conceito de “gestão” em si. Somente assim, poderemos versar sobre as suas particularidades e a sua aplicabilidade dentro do campo da construção civil.

A conceituação moderna da palavra “gestão” pode ser definida como o processo de dirigir ações para atingir objetivos. Trata-se de um conceito com origens que podem ser traçadas no alvorecer da Administração como disciplina formal. Ela corresponde a um conceito que foi trabalhado e desenvolvido por nomes célebres como Henry Ford, Frederick Taylor e Max Weber.

Nesse sentido, podemos argumentar que o desenvolvimento do capitalismo moderno se encontra profundamente enraizado com o desenvolvimento da gestão de produção. Trazendo para a lente da construção civil, podemos identificar a gestão de obras como a administração de tempo, recursos, materiais e pessoal para a realização dos objetivos traçados nos projetos.

Para vias de ilustração, pedimos que nosso leitor imagine uma orquestra composta por músicos que tocam variados instrumentos. Sem uma coordenação externa, por mais talentosos que nossos instrumentistas sejam, existem grandes chances desses instrumentos formarem uma cacofonia. Sendo assim, a melodia harmoniosa só ocorre por meio da mediação do maestro.

Nessa metáfora, o gestor assume o papel do maestro, guiando nossos músicos para um horizonte harmônico. Assim, o gestor de obras é um profissional capacitado que é dotado de treinamento para identificar problemas e desenvolver soluções em quaisquer projetos.

Dessa forma, podemos compreender que a gestão de obras se configura como um passo além da criação de um projeto. Assim como o maestro guia a orquestra, o gestor age como um mediador de todas as esferas da construção civil. Ele atua nos campos da contratação de pessoas, do controle orçamentário e na comunicação interna da empresa.



 

Os papéis do gestor de obras

Uma vez com a definição de gestão de obras devidamente introduzida, torna-se possível elucidar os papéis de um gestor no campo da construção civil.

1 – Gerenciamento de projetos

Iniciamos nossa exposição através da lente do gerenciamento de projetos. Apesar de questões relativas ao gerenciamento comporem uma parcela significativa do PIB mundial, ainda existem muitos equívocos em relação a esse conceito. Assim sendo, iniciamos a presente seção visando responder uma questão simples: “afinal, o que é gerenciamento de projetos?”

Trata-se de uma etapa fundamental dentro de qualquer projeto, pois é a aplicação prática de sua gestão. Como apontado na seção anterior, é um processo que abrange toda a obra, configurando-se como um ferramentário logístico que torna possível o planejamento, a execução e o monitoramento de um projeto. O uso do gerenciamento de projetos resulta em inúmeros benefícios, oferecendo maior segurança para o consumidor e uma maior eficiência quanto ao uso de recursos e de pessoal. 

Previamente, nós já versamos extensamente sobre essa temática. Caso tenha interesse, recomendamos que acesse o link.

2 – Segurança no trabalho

Agora mudando o foco de nossa exposição, buscaremos demonstrar as maneiras nas quais uma maior gestão de obras se traduz na criação de um ambiente de trabalho mais seguro.

Vamos retomar a analogia de uma orquestra. Existe uma conexão dupla entre o maestro e seus músicos. Os músicos podem criar uma melodia, mas ela só virá a se tornar verdadeiramente bela quando guiada pelas mãos cautelosas de um maestro. O contrário também é verdadeiro, o maestro sozinho é incapaz de produzir a música, pois ele depende de seus músicos.  

Trata-se de uma relação na qual os sujeitos são mutuamente dependentes e que pode ser traduzida diretamente para o campo da construção civil. Somente com uma harmonia entre o gestor e os seus trabalhadores que a nossa melodia se torna harmoniosa. 

Portanto, torna-se lógico afirmar que a gestão de obras necessita comportar uma dimensão que pense no trabalhador. Particularmente, no campo da segurança do trabalho. Uma gestão de obras eficiente é aquela que se traduz diretamente na criação de um ambiente de trabalho seguro, que forneça treinamento e equipamentos de segurança individual para os seus trabalhadores.

Previamente discorremos mais profundadamente sobre o tema em nosso site, caso tenha curiosidade acesse aqui.

3 – Projeto x Processo, Entenda Antes a diferença

Existe uma confusão muito grande no mundo empresarial sobre a diferença entre os conceitos de “projeto” e de “processo”.  Apesar de ambos apresentarem semelhanças, existe uma profunda diferença entre eles. Sendo assim, aqui exploraremos um pouco essa diferença e explicaremos como esses conceitos podem ser entendidos no mundo da gestão de obras. Iniciamos nossa exposição por meio de uma breve explicação sobre o que é um “projeto”. 

Trata-se de um trabalho temporário que visa um efeito uno, ou seja, é um trabalho que data para começar e para terminar. Quando aplicado para empresas, um projeto visa acabar com o status quo e realizar mudanças estruturais na mesma, mas é marcada pela existência de um prazo determinado.

Um “processo”, por sua vez, é definido por sua permanência, ele visa a criação de uma padronização de um protocolo dentro de uma companhia. Pense em tarefas cotidianas e repetitivas, como linhas de montagem, estoques e cronogramas.

Nesse sentido, no campo da gestão de obras, a compreensão da precisão conceitual se configura como uma das necessidades de um gestor moderno. Entender se sua tarefa é um processo ou um projeto é de suma importância. Caso deseje conhecer melhor, basta clicar aqui.

4 – Gestão financeira para controle de custos

Assim, adentramos no próximo tópico que necessita ser explicitado, a gestão financeira. Como foi previamente apontado, o campo da gestão de obras transcende apenas o quintal de obra, abrangendo também a dimensão financeira.

Como o gestor de obras se configura como um mediador por excelência, faz-se necessário que o profissional seja capaz de gerenciar diversos recursos. Relativo ao presente objeto, recomendamos que o gestor seja capaz de elaborar orçamentos.

A elaboração de um orçamento se configura mais do que apenas um simples levantamento de preços. Inserimos nesse arcabouço questões relativas à procura de mão de obra e de pesquisa de preços de materiais.  Relativo a pesquisa de preços, nós, da Entenda Antes, compreendemos que é fundamental que o gestor de obras seja capaz de achar materiais com preços baratos, mas que não percam a qualidade. Leia mais aqui.

5 – Sistemas para gestão de obras

A gestão de obras se configura como um campo interdisciplinar por excelência. Contudo, reconhecemos que é muito difícil dominar tantas áreas do conhecimento distintas. É por isso que ficamos felizes em afirmar que grande parte das tarefas podem ser sistematizadas com base em softwares dedicados.

Existe uma miríade de programas capazes de aumentar a eficiência de uma obra, facilitando assim o trabalho do gestor. Antes de prosseguirmos, faz-se necessário apontar que é de nosso entendimento que esses softwares devem servir como um suporte para o administrador, pois ele jamais pode depender exclusivamente deles. Feito nosso aviso, podemos prosseguir com nossa explanação. 

Dentre os softwares existentes, podemos destacar 3:

  • Stant;
  • Mega Mobuss;
  • Construct App.

Os softwares existentes podem auxiliar de muitas maneiras, no plano financeiro, organizacional, etc. As possibilidades são infinitas, mas todas se traduzem em um resultado: maior eficiência! Nós possuímos um texto que se aprofunda devidamente em alguns dos programas mais utilizados no campo da gestão de obras, basta seguir o link.

6 – Métricas

“Métricas” são uma ferramenta importante no arsenal de qualquer gestor. É com base nelas que o administrador exerce sua função. Nesse sentido, podemos compreender uma métrica como um conjunto de indicadores empregados para analisar uma determinada situação.

Existem métricas capazes de avaliar lucro, desempenho, exposição nas redes, dentre outros. Nesse sentido, um gestor de obras deve ser capaz de observá-las e compreender seus significados. 

Para que isso seja possível, recomendamos que o gestor realize relatórios periódicos sobre a situação da obra. Esses relatórios permitirão maior precisão analítica durante todas as etapas da construção. Conheça mais lendo nosso post sobre a temática.

7- Pré-Obra

A pré-obra se configura como uma etapa fundamental de uma obra, abrangendo temáticas relativas à eficácia e construtibilidade dessa. Trata-se da elaboração do projeto de uma obra, da projeção de prazos e da criação de orçamentos. Assim sendo, podemos compreender esse momento como marcado pelo trabalho colaborativo entre diversos profissionais.

Ademais, é aqui que se avalia questões relativas aos riscos e alternativas. Portanto, é um momento essencial da gestão de obras, conheça mais em nosso site.

8 – Cronogramas de Atividades

O cronograma de atividades se configura como um dos maiores desafios enfrentados pelos gestores de obras. Contudo, a capacidade de entregar projetos dentro de um prazo estipulado se traduz numa maior confiança para o cliente. Nesse sentido, podemos afirmar que se trata de uma etapa fundamental.

O cronograma de atividades é uma ferramenta que é usada por todos aqueles que almejam uma maior eficiência. A gerência e otimização do tempo corresponde a uma técnica que é empregada além do campo da gestão.  Fundamentalmente, essa habilidade consiste na capacidade de dividir uma grande tarefa em partes menores, pautadas num desencadeamento lógico. 

Para o campo da construção civil, basta imaginar uma obra qualquer, nesse exemplo, imagine um prédio. Construir um prédio parece uma tarefa assustadora por si, não? Contudo, se compreendermos que um edifício é composto por diversas etapas menores –  como as vigas, as paredes, a parte elétrica – torna-se mais fácil executar tal projeto.

Assim, um cronograma permite delimitar atividades e criar uma alocação razoável de tempo. Isso resulta em um aumento de foco por parte da equipe – pois as metas se tornam muito mais tangíveis – e em uma melhor alocação de recursos. Para maiores informações, verifique nosso site.

9 – Escuta ativa, escute sua equipe!

O gestor age como mediador do projeto. Portanto, ele é um ator que necessita ouvir a sua equipe. Assim, recomendamos que ele domine uma ferramenta da comunicação, a chamada escuta ativa. De forma simples, a escuta ativa se configura como um diálogo eficiente, pelo qual o interlocutor (no caso a equipe) é plenamente entendido pelo ouvinte (o gestor de obras).

O uso dessa ferramenta se traduz diretamente na criação de um ambiente de trabalho mais saudável. Ademais, torna-se possível identificar riscos que não foram previstos durante a etapa da pré-obra.

Faz-se necessário apontar que essa é uma habilidade que parece simples, e de fato é. Contudo, é uma ferramenta que deve ser treinada diariamente e reforçada por leitura. Sendo assim, um bom gestor é aquele que está sempre atualizado. No nosso site recomendamos uma lista introdutória, caso tenha curiosidade, acesse aqui.

10 – Guia para a sua construção

Por fim, é importante que o gestor tenha em mente que essas dicas não servem como uma lista de tarefas a seguir ordenadamente para uma construção. Qualquer obra se configura como um evento vivo por natureza, ou seja, ela se transforma durante a contingência. 

Portanto, faz-se necessário utilizar cada uma dessas ferramentas de maneira contínua. Não é porque a etapa da pré-obra foi concluída que não será necessário revistar o projeto e o reformular.Uma obra é um ambiente orgânico e contraditório, que se encontra em constante transformação. Nesse sentido, a arte da gestão de obras é marcada pela adaptação e pela superação de tais contradições.

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