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21 de novembro de 2024
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Seguro para Construçao

Seguro para construção: O que você precisa saber

Toda a atividade envolve riscos. Então, com a construção civil não poderia ser diferente. Pois quando se inicia qualquer obra ou reforma, aparecem inúmeras responsabilidades financeiras e jurídicas que podem acarretar em uma série de problemas se algo inesperado acontecer. Daí a necessidade de poder contar com um seguro para construção.

É ele, o seguro para construção (seguro de riscos de engenharia ou seguro de obras), que  garante a proteção contra perigos que afetam todo tipo de obra na construção civil. Já que trata-se de uma modalidade de seguro ainda pouco conhecida no país, mas tem extrema importância e por vezes obrigatória, como em casos de licitações públicas.

Entenda melhor como funciona o seguro para construção e veja todas as vantagens de sua contratação.

Boa leitura e mãos à obra!!

O que é o seguro para construção?

O seguro para construção, como qualquer outro tipo de seguro, tem como característica principal a transferência do risco com a consequente redução de potenciais perdas que possam ocorrer durante a execução do projeto.

Ele deve ser  avaliado pelo profissional da construção civil como parte do seu programa de gerenciamento de riscos no caso de obras em fase de construção, ampliação ou reforma. E, em conjunto com outras medidas, cobre imprevistos e também erros que surgirem durante a execução do projeto.

Muitos acidentes e irregularidades acontecem no dia a dia de uma obra e a fiscalização se mostra cada vez mais presente em todo o país. Isso mostra como esse seguro pode ser útil, independentemente do tipo e do tamanho da sua construção. Afinal, mesmo que tenham sido tomadas todas as medidas de segurança no canteiro de obras.

O seguro para construção resguarda a empresa ou o construtor autônomo de despesas extraordinárias que podem surgir com danos imprevistos durante uma obra, instalação e montagem de estruturas e/ou equipamentos, além de prejuízos inesperados.

Quem pode contratar o seguro?

O seguro para construção pode ser contratado pelos profissionais responsáveis pela própria obra, ou seja,  engenheiros ou construtoras.

Mas ele pode também ser contratado por pessoas físicas no caso de reformas, ampliações ou construção. Seja para  uso pessoal ou com fins de investimento.

seguro de obra - seguro para construção

 

O que o seguro para construção cobre?

Considerando a distinção entre as modalidades de seguros que são oferecidos para a construção civil e que cada seguradora tem um serviço específico quando se trata de seguro para construção, podemos dizer que, no geral, um contrato desse tipo cobre,  durante a vigência da apólice:

1.Acidentes de causa súbita e imprevista no canteiro de obras

O seguro cobre indenização em caso de acidentes de causa súbita e imprevista que aconteçam no canteiro de obras.

2. Danos em consequência de erros de projeto

Ele pode ser acionado em casos de acidentes ocorridos no local do risco ou no canteiro de obras, como consequência de erro de projeto em construções.

3. Despesas extraordinárias

O contrato de seguro para construção assegura o pagamento de despesas extraordinárias de mão de obra para serviços noturnos ou realizados em feriados e finais de semana para consertos ou fretamento de meios de transporte nacionais, até o limite máximo da cobertura. Mas importante, esses serviços devem estar previstos na apólice.

4. Despesas de desentulho do local

Garante o pagamento das despesas de desentulho geradas após à reparação ou reposição de qualquer objeto danificado na obra em razão de acidentes cobertos pela apólice.

5. Tumultos, greves e lockout

Cobertura adicional para danos que possam ser causados à obra em decorrência de tumultos, greves ou “lockout”.

6.Responsabilidade civil geral (com e sem fundações)

Caso o segurado seja responsabilizado civilmente devido a reclamações por danos causados involuntariamente a terceiros, o seguro para construção garante o pagamento dos valores indenizatórios após sentença judicial transitada em julgado ou acordo.

Também estão garantidos os honorários de advogados e outros custos judiciais.

7. Propriedades circunvizinhas 

Cobre os danos físicos acidentais decorrentes da construção, com ou sem fundações, em bens de propriedade do segurado já existentes no local do risco.

Por sua vez, também estão cobertos os bens de terceiros sob a sua guarda, custódia ou controle.

8. Obras concluídas 

O seguro cobre os danos físicos acidentais causados às obras civis finalizadas e às máquinas e equipamentos utilizados em apoio à execução da obra.

9.Despesas de salvamento e contenção de sinistros

Garante o pagamento das despesas com providências de emergência para salvar e/ou conter as consequências de um sinistro.

10. Responsabilidade civil cruzada

Cobre os danos materiais causados a terceiros em decorrência dos trabalhos relacionados à obra.

11. Instalações provisórias

Cobre os danos físicos acidentais causados às instalações provisórias onde se localizam o escritório, refeitório, alojamento, depósito de materiais e outras instalações que servem de apoio à obra.

12. Manutenção simples

Os danos físicos acidentais causados pelos empreiteiros segurados no curso das operações por eles realizadas, ocorridos dentro do período de manutenção são cobertos pelo seguro para construção.

13. Manutenção ampla

Cobre os danos físicos acidentais, ocorridos no canteiro de obras ou no local do risco, causados pelos empreiteiros segurados no curso das operações por eles realizadas quando ocorrem ou são verificados durante o período de manutenção.

14. Ferramentas de pequeno e médio porte/escritório e eletrônicos

Cobre os danos físicos acidentais de causa externa causados às ferramentas e aos equipamentos de pequeno e médio porte de propriedade do segurado ou por ele alugados utilizados exclusivamente no canteiro de obras.

15. Equipamentos móveis e estacionários utilizados na obra

Cobre os danos físicos acidentais de causa externa, ocorridos dentro ou fora do canteiro de obras ou local do risco, causados a equipamentos móveis ou estacionários de propriedade do segurado ou por ele alugados.

16. Transporte de materiais a serem incorporados à obra

Cobre os danos físicos acidentais causados aos materiais, que serão incorporados à obra, durante o transporte realizado pelo próprio segurado ou por um terceiro que possua vínculo empregatício com o mesmo.

17. Honorário de perito

O seguro para construção pode garantir ainda as quantias gastas com honorários de serviços profissionais prestados por arquitetos, engenheiros, peritos e consultores necessários à análise e investigação da causa, natureza e extensão dos danos físicos cobertos pela apólice.

18. Equipamentos de informática /escritório

Cobre ainda perdas e danos materiais ocasionados por roubo ou furto qualificado de equipamentos de informática e de escritório, de propriedade do segurado e/ou por ele alugados, situados na obra e nas instalações provisórias do canteiro.

O que o seguro para construção não cobre?

O setor da construção civil conta com outros seguros desenvolvidos com finalidades distintas do seguro para construção. Assim, pode ser que exista alguma confusão entre os produtos.

Entre as principais apólices do setor podemos destacar:

  • Seguro Garantia de Entrega de Obra (SGEO): seu objetivo é evitar atrasos de entrega, o que é garantido por meio do acompanhamento da obra, análise de risco, entre outros processos;
  • Decenal: assegura a cobertura da edificação contra danos estruturais por 10 anos a contar da conclusão da obra;
  • Seguro para Obras de Infraestrutura: com condições direcionadas para as obras públicas.

Visto isso, segue uma lista do que normalmente o seguro para construção não costuma cobrir:

  • Deterioração decorrente de condições ambientais;
  • Reparos, substituições e reposições de equipamentos;
  • Ocorrências com maquinários fora do local considerado de risco;
  • Atos terroristas e guerras;
  • Atos de autoridade pública;
  • Ação dolosa por parte do segurado ou beneficiário;
  • Radiação nuclear;
  • Extravio ou furto simples;
  • Objetos de valor, metais preciosos e afins;
  • Danos consequentes da armazenagem ou uso de explosivos

seguro para construção

Quais são as vantagens do seguro?

Como você pôde observar, o seguro para construção pode contar diversos tipos de coberturas de acordo com o tipo do empreendimento e das necessidades do projeto. Assim, a contratação do seguro é uma garantia que protege o empreendimento que está sendo construído ou reformadao, os funcionários e a própria construtora de gastos extras e prejuízos.

Mas para que não restem dúvidas sobre a importância do seguro, aqui estão alguns motivos para não deixar de fazer um seguro para cada obra da sua construtora:

Manter o empreendimento vivo

Imagine que no meio de um grande projeto, depois de milhões de reais já investidos, acontece um acidente e com isso, apesar de ninguém se ferir, boa parte do trabalho é arruinada. Isso é uma tragédia, não?

Sim, dependendo das condições financeiras da empresa, a obra pode se tornar inviável se for preciso arcar com o prejuízo do próprio bolso.

No entanto, se você tiver um seguro para construção com as coberturas necessárias, pode continuar o projeto e ainda ter lucro, mesmo que ainda menor por conta do atraso que será inevitável.

Conclusão: o seguro pode ser a diferença entre perder um empreendimento inteiro ou mantê-lo vivo, mesmo diante de grandes imprevistos.

Evitar que a empresa tenha maiores prejuízos

Se ocorrer algum acidente que estrague todo o trabalho já feito na obra e a sua empresa estiver trabalhando no projeto em parceria com outra empresa, o seguro também será de grande utilidade.

Nesse caso, a responsabilidade legal de pagar os danos é da empresa que está cuidando da obra. Se não tiver contratado um seguro, isso dificilmente vai terminar de outra forma que não seja uma longa briga na justiça com o proprietário do empreendimento.

Assim, além de gastar com advogados e perder o pagamento do serviço em questão, sua empresa ainda corre o risco de perder a ação e ainda precisar reembolsar todo o valor perdido no acidente.

Cumprir a legislação

A lei exige a contratação de um seguro para construção em muitos casos, para blindar o empreendimento e os envolvidos nele. Se esse for o caso de algum projeto no qual a sua empresa está envolvida, a questão se torna obrigatória.

Dessa forma, deixar de contratar o seguro além de não ser prudente diante de todos os riscos envolvidos, coloca sua empresa em uma posição delicada perante a justiça.

Mitos sobre o seguro de obras

Muitas empresas não chegam sequer a procurar uma seguradora na hora de construir porque possuem algumas ideias erradas sobre o produto. E entre esses “mitos” que rondam o seguro para construção podemos citar:

“O seguro é caro”

Se sua preocupação principal for o custo do seguro para construção, saiba que ele costuma variar de acordo com as coberturas contratadas e características da obra.

No entanto, podemos afirmar que seu valor está entre 0,1% a 2,5% do custo completo do projeto. Um valor baixo diante de toda a segurança e tranquilidade que a contratação do seguro ira proporcionar.

“As seguradoras não amparam o que eu realmente preciso”

Atualmente, as modalidades de cobertura são inúmeras, passando pelos equipamentos, funcionários, materiais, erros de projeto e muitas outras. Basta escolher aquela que melhor se encaixa nas suas necessidades.

“O seguro deve ser muito burocrático”

Na hora de contratar um seguro para construção não será solicitado nenhum documento que o  engenheiro ou responsável pela obra já não tenha em mãos.

Por sua vez, para reformas, a situação é mais simples e geralmente não há solicitação de documentos ou exigência de vistoria.

No entanto, para outras modalidades de obras, as seguradoras realizam vistoria e normalmente solicitam documentos como contrato de execução da obra, memorial descritivo, cronograma físico/financeiro e o projeto da obra.

seguro para construção

Como contratar o seguro?

Não é nada complicado contratar um seguro para construção, basta seguir esses três passos:

1. Procure um corretor de confiança

Como em outras modalidades de seguro, você precisa de um corretor para contratar a proteção da sua obra. Por isso, escolha alguém de confiança para te ajudar no processo. Peça indicações a outros profissionais do setor que já contrataram seguros para construção ou pesquise as opções existentes no mercado.

Um bom corretor é importante. Afinal, é ele que vai te indicar as melhores opções de contratação. No entanto, por melhor que seja o corretor, você precisa estar bem ciente do que procura.

Então, descubra quais as regras da seguradora em questão para o tipo de seguro que você deseja e entenda quais são as limitações, os diferenciais de mercado e como cada recurso ajuda (ou não) a proteger a empresa e os funcionários.

2. Compare os fatores mais relevantes

Antes de decidir com qual seguradora contratar, analise os fatores mais importantes na balança:

  • Qualidade do atendimento: em caso de problemas e é importante que você tenha a garantia de um bom atendimento;
  • Preço: busque a melhor condição com a melhor cobertura;
  • Estrutura: escolha uma seguradora que ofereça agilidade no atendimento e garantia de cobertura diante de problemas.

3. Dê entrada na documentação

Como já mencionamos, ao contrário do que se pensa, não existe muita burocracia na hora da contratação do seguro. Em geral, os documentos exigidos são aqueles que já estão na posse do engenheiro responsável pela obra.

Mas, no caso de obras grandes e complexas, podem ser necessários os seguintes documentos:

  • Memorial descritivo;
  • Projeto da obra;
  • Cronograma físico/financeiro da obra.

Pode ser necessário realizar vistorias no canteiro de obras para verificar se estão sendo observadas as normas de segurança.

Já no caso de obras menores, o processo de aprovação tende a ser mais simples e rápido. Assim, pode não ser necessária a apresentação de muitos documentos.

seguro-de-obra-3

 

Cuidados que precisam ser observados na hora da contratação do seguro para construção

As características do seguro precisam ser definidas de acordo com o projeto. Portanto, deve-se levar em consideração os riscos envolvidos e as perdas que podem surgir durante a execução da obra. Assim, o ideal é que seja feita uma cobertura é específica para cada obra.

Mas seja lá como for o seu seguro, é bom ficar atento nos seguintes pontos na hora de assinar o contrato:

  • Faça vários orçamentos e compare condições;
  • Observe o limite total da cobertura. Ele deve ser igual ao total previsto para a execução da obra, incluindo todos os custos;
  • Observe se os maiores riscos da obra serão cobertos;
  • Avalie a reputação da seguradora;
  • Não considere apenas o preço na hora de fazer a sua escolha;
  • Guarde todos os registros relativos à obra em execução. Isso vale, inclusive, para notas fiscais de produtos e serviços adquiridos para a construção.

O seguro de obra é essencial para manter a proteção jurídica e material da sua construtora diante de imprevistos. O custo-benefício da contratação compensa e ele é muito fácil de ser feito.

Por isso, não existem desculpas para não contratá-lo.

Tipos de fundações - Entenda Antes

Conheça os tipos de fundações na construção civil

Toda casa é construída sobre uma fundação. Porém, nem toda casa é construída sobre o mesmo tipo de estrutura. Isso porque existem vários tipos de fundações na construção civil e a escolha do modelo ideal é baseada em vários fatores. Por exemplo, o design da construção, a localização geográfica, o tipo de solo e o orçamento do projeto. 

Então, se você está planejando uma construção e quer ter uma visão geral sobre o processo, está no lugar certo! 

Elaboramos este artigo para facilitar a sua compreensão sobre os primeiros passos práticos de uma construção e como escolher o melhor tipo de fundação para o seu caso. Aproveite o conteúdo e boa leitura!

O que são fundações?

Primeiramente, podemos definir as fundações (também chamadas de alicerces) como elementos estruturais de uma construção. A sua principal função é fornecer suporte para a construção, transferindo a carga da estrutura para o terreno na qual está apoiada. 

Assim, a fundação é a parte mais baixa do edifício, ou seja, a camada que está em contato direto com o solo. 

As fundações precisam ser bem resistentes para suportar o peso da construção e evitar problemas com a estrutura. Além disso, os engenheiros devem estudar o local com muito cuidado, já que todo o peso do edifício fica sobre o solo. 

Em um dos tópicos abaixo, explicaremos com mais detalhes sobre os tipos de solos e como eles interferem na escolha entre os tipos de fundações na construção civil. Por enquanto, você só precisa ter em mente que o solo para construção precisa ter resistência e rigidez suficientes para suportar a carga do edifício.
Tipos de fundações - Entenda Antes

JP Engenharia Construção e Reformas

Tipos de fundações na construção civil 

Existem vários tipos de fundações na construção civil, sendo que cada um é indicado para diferentes situações.

De modo geral, elas podem ser classificadas em fundações rasas e fundações profundas. A seguir, confira as principais características de cada tipo:

Fundações rasas ou superficiais 

O primeiro tipo de fundação na construção civil é o raso ou superficial. Nas fundações rasas, a carga da construção é transmitida ao solo principalmente pela pressão que distribuída na base da fundação.

Como o nome sugere, esse tipo de alicerce exige pouca escavação no solo e sua profundidade máxima é de 2,5 metros. Por isso, não é necessário ter grandes equipamentos para escavar o local.

Normalmente, os alicerces superficiais apresentam um custo de execução mais baixo em comparação com outros tipos de fundações na construção civil. Isso se deve, principalmente, ao menor consumo de materiais e menor complexidade na execução. 

As fundações rasas são comumente recomendadas para construções nas quais a carga da estrutura é baixa em relação à capacidade de suporte do solo. 

Os principais exemplos de fundações rasas utilizadas atualmente são: sapatas, radier e blocos.

Sapatas de fundação

A parte inferior e mais larga de uma fundação rasa é a sapata. De acordo com a NBR 6122/2010 (a norma que especifica os requisitos para o projeto e execução de fundações na engenharia civil), as sapatas têm a seguinte definição: 

“Elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim”. 

Em outras palavras, as sapatas de fundação são essenciais para suportar a carga da construção e aumentar a distribuição do peso no solo.

Normalmente, as sapatas possuem formato quadrado, retangular e trapezoidal e suportam cargas baixas a médias.

Além de ser um dos tipos de fundação na construção civil, as sapatas podem ser subdivididas nos seguintes grupos: isoladas, corridas e associadas. 

A sapata isolada é um dos tipos de fundações rasas mais utilizados na construção civil. A partir da sua base, ela é capaz de suportar a carga de uma coluna ou pilar. 

Tipos de fundações - Entenda Antes Já as sapatas corridas são construídas para suportar a carga de elementos contínuos, como paredes, muros etc. Assim, o peso da estrutura é distribuído de maneira linear. 

Em construções de pequeno porte, como em residências, as sapatas corridas podem ser feitas com alvenaria de tijolos. Mas, em construções de grande porte ou em fundações com mais de 1 metro, é mais indicado o uso de concreto armado.

Tipos de fundações (sapatas corridas) - Entenda Antes

Por fim, as sapatas associadas são utilizadas quando duas sapatas isoladas ficam muito próximas. Em uma situação assim, os elementos poderiam ficar sobrepostos ou um prejudicaria o funcionamento do outro por causa da curta distância. Assim, as sapatas associadas são capazes de suportar a carga de dois ou mais pilares. 

Tipos de fundações (sapatas associadas) - Entenda Antes

Radier 

Tipos de fundações (radier) - Entenda Antes

Nem sempre é vantajoso utilizar as sapatas corridas nas fundações. A principal situação em que o uso das sapatas corridas não é economicamente viável é quando a sua área é maior que a metade da construção.

Nesse caso, é mais vantajoso colocar todas as sapatas em um único elemento de fundação: o radier. Esse elemento feito com concreto armado é parecido com uma placa ou laje presente em toda a área construída. 

Os radiers ficam em contato direto com o solo. Assim, eles recebem todo o peso da construção e distribuem no terreno.

Como o radier é uma peça inteiriça, ele costuma ter uma alta rigidez, evitando problemas na fundação como recalque diferencial (que é um rebaixamento da construção). Porém, a estrutura do radier pode sofrer com algumas fissuras, já que é feito com concreto.

As fundações com radier apresentam algumas vantagens, como baixo custo, rapidez na execução e necessidade de pouca mão de obra. 

Blocos 

Tipos de fundações (blocos) - Entenda Antes

Este tipo de fundação é recomendado para construções com pequenas cargas, como uma residência, por exemplo. Para isso, a profundidade do alicerce deve ser entre 0,5 m e 1,0 m. 

Os blocos são elementos estruturais rígidos conectados entre si por vigas, também chamadas de baldrames. Eles podem ser construídos com concreto simples, alvenaria de tijolos comuns ou até mesmo pedra de mão. 

O próprio material do bloco é capaz de suportar as cargas do pilares. Dessa forma, não há necessidade de incluir armadura na fundação.

Fundações profundas

A NBR 6122/2010 define as fundações profundas como: 

“Elemento de fundação que transmite a carga ao terreno ou pela base (resistência de ponta) ou por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação das duas, devendo sua ponta ou base estar assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no mínimo 3,0 m”. 

Diferentemente das fundações rasas, as fundações profundas exigem bastante movimentações no solo com o auxílio de máquinas específicas. 

Esses tipos de fundações são mais utilizados na construção civil em projetos de grande porte, onde há muita carga transmitida ao solo. 

Além disso, as fundações profundas são utilizadas quando as camadas mais superficiais do terreno são fracas. Assim, é necessário escavar o solo até encontrar uma área que suporte o peso da estrutura. 

Os principais tipos de fundações profundas são as estacas e os tubulões.

Estacas

As estacas são elementos utilizados em fundações profundas. Basicamente, elas são formadas por um cilindro apoiado no solo que serve como um suporte para a estrutura que será construída acima

Pesquisando mais profundamente sobre esse modelo de fundação, você perceberá que existem vários tipos de estacas. Assim, elas podem ser divididas de acordo com o material ( madeira, aço, concreto ou mistas) e pela característica de fabricação (moldadas in loco, pré-moldadas ou mistas).

As estacas de madeira são as mais antigas na construção civil. Esse tipo de fundação utiliza troncos de árvores cravados no solo maciço e instalados abaixo do nível da água . 

As estacas metálicas podem ser feitas com perfis laminados ou soldados, estacas tubulares ou trilhos soldados. É importante que as estacas de aço sejam resistentes à corrosão que ocorre naturalmente no material. Para isso, é necessário realizar um tratamento específico.

Esse tipo de estaca pode ser cravado em praticamente todos os tipos de terrenos. Além disso, as estacas de metálicas são facilmente cortadas ou emendadas e ainda suportam grandes cargas. Em contrapartida, uma desvantagem é o custo elevado em comparação com outros tipos de estacas. 

Tipos de fundações (estacas metálicas) - Entenda Antes

As estacas pré-moldadas de concreto podem ser feitas com concreto armado ou protendido. Normalmente, esse tipo de elemento é fabricado em empresas especializadas. Mas, em algumas situações, também pode ser moldado no canteiro de obras. 

Uma das vantagens das estacas pré-moldadas de concreto é a sua alta resistência e capacidade de carga. Por outro lado, o fato de serem pré-moldadas resulta em algumas limitações de comprimento para facilitar o transporte. 

Tipos de fundações (estacas de concreto) - Entenda Antes

Tubulões

Você já ouviu falar em tubulões? Esse é um dos elementos estruturais utilizados em fundações profundas para transmitir a carga da construção ao solo. Os tubulões possuem o formato cilíndrico e a base alargada.

Os tubulões podem variar de acordo com o método de escavação do solo. Assim, existem os tubulões a céu aberto. Eles são como um poço aberto manualmente ou com máquinas e, posteriormente, a estrutura é preenchida com concreto. 

Tipos de fundações (tubulões) - Entenda Antes

Tipos de fundações (tubulões) - Entenda Antes

Por outro lado, os tubulões com ar comprimido são utilizados em situações em que existe água no solo ou quando é necessário fazer a fundação em grandes profundidades. Para isso, uma injeção de ar comprimido impede que a água entre nos tubulões.

Tipos de solos X Tipos de fundações

Agora que você já conhece os principais tipos de fundações na construção civil é hora de entender um pouco mais sobre os tipos de solos. Afinal, uma boa fundação deve ter a capacidade de suportar a estrutura construída. Porém, de nada adianta uma fundação bem feita quando o solo não é adequado.

O solo precisa ser resistente e rígido o suficiente para não sofrer rupturas e não apresentar deformações que possam prejudicar a edificação. 

Portanto, antes de iniciar qualquer projeto, o engenheiro responsável pela construção deve fazer uma sondagem para analisar o tipo de solo do local.

Basicamente, existem três tipos de solos: argilosos (predominância de argila), arenosos (predominância de areia) e siltosos (predominância de silte). Essa divisão não é totalmente exata. Afinal, diferentes materiais acabam se misturando na natureza. 

Por isso, a divisão dos tipos de solo leva em consideração o material predominante em determinado terreno. Também é importante saber que a classificação dos solos é feita, basicamente, a partir do diâmetro das partículas, sendo que: 

  • A argila possui diâmetro de até 0,005mm;
  • O silte possui diâmetro entre 0,005mm e 0,050mm;
  • A areia tem o diâmetro entre 0,050 e 4,800mm.

Em palavras simples, o tamanho dos grãos serve para determinar a movimentação dos solos. Assim, quanto maior a medida, menor o índice de coesão. Em contrapartida, quanto menor o diâmetro, mais rígido é o solo. 

A seguir, vamos explicar as características dos diferentes solos e os tipos de fundações mais adequados para cada um deles.

Solo argiloso

Tipos de fundações (solo argiloso) - Entenda Antes

O solo argiloso é o mais comum no Brasil. Como o nome sugere, ele é formado predominantemente por argila (uma das principais matérias-primas para a fabricação de tijolos, telhas e pisos cerâmicos). 

Esse é o tipo de solo mais fino, o que significa que os grãos se unem facilmente. Na prática, o terreno argiloso é bem rígido e, portanto, é considerado o mais seguro para a construção civil.  

Normalmente, as edificações em solos argilosos são feitas sob fundações rasas. Assim, quando é preciso reforçar as sapatas, por exemplo, é recomendado utilizar os radiers. Além disso, o uso de estacas pode ser recomendado para reforçar a segurança em alguns casos mais raros. 

Solo arenoso

Tipos de fundações (solo arenoso) - Entenda Antes

Certamente, você já deve ter colocado um pouco de areia seca entre as mãos e percebeu como os grãos escorrem pelos dedos. Isso acontece porque a areia tem um baixo índice de coesão, ou seja, os grãos se separam facilmente. 

Assim, o solo arenoso é caracterizado principalmente por ser muito permeável e se movimentar com facilidade. Tais características representam um grande desafio na área da construção civil, já que o solo pode se mover com o excesso de carga. 

Contudo, isso não quer dizer que seja impossível construir em solos arenosos. Atualmente, existem técnicas de melhoramento para que o terreno fique mais estável, tornando a construção mais viável e segura. 

Ainda assim, a maneira mais comum de construir em um solo arenoso é a partir de uma fundação profunda. Dessa maneira, é possível alcançar uma camada de solo mais rígida, capaz de suportar o peso de um edifício. 

Normalmente, opta-se pelas fundações profundas com estacas de aço ou concreto armado que garantem a segurança e estabilidade da estrutura. 

Solo siltoso

Tipos de fundações (solo siltoso) - Entenda Antes

Enquanto a areia e a argila são considerados materiais nobres, o silte é de qualidade inferior. Isso porque o solo siltoso é fino como a argila, mas tem pouca coerência. Além disso, ele se transforma em lama com facilidade quando entra em contato com a água. 

Por causa dessas características, é mais complicado construir em terrenos desse tipo. Uma solução para viabilizar as obras é o uso de uma fundação com estacas mais profundas do que o convencional. 

Isso é necessário para evitar a movimentação do solo e dos lençóis freáticos em casos de tempestades, o que pode causar deslizamentos em casos de encostas. 

Como escolher o melhor tipo de fundação?

Afinal, com tantos tipos de fundações na construção civil, qual é o melhor? Não existe uma única resposta para essa questão. Na verdade, a análise deve deve ser feita pelo engenheiro responsável pelo projeto de fundação ou estrutural. 

Mas, de qualquer maneira, é importante que o cliente participe ativamente dessa etapa, já que os custos para realizar a fundação interferem diretamente na viabilização de uma construção. 

Dito isso, é importante que você saiba que existem vários fatores que ajudam a determinar o melhor tipo de fundação. As características do solo que explicamos no tópico acima é um dos principais critérios. Além disso, é necessário considerar a carga da edificação, os elementos estruturais que compõem a fundação e até o nível do lençol freático. 

Vale ressaltar que a fundação é um elemento essencial para garantir a segurança da edificação e dos seus moradores. Portanto, o processo de estudo e análise não deve ser negligenciado. 

Para você ter noção, uma fundação bem projetada representa de 3% a 10% do custo total de uma construção. Por outro lado, uma fundação mal feita pode custar de 5 a 10 vezes mais do que custaria a fundação mais adequada para a situação. Ou seja, o prejuízo pode ser grande!

 

Conclusão

E aí, solucionou todas as dúvidas sobre os tipos de fundações na construção civil? Você não precisa ser um expert no assunto, mas conhecer essas informações é um passo importante para quem está começando a construir. Com isso, você poderá evitar muita dor de cabeça e, claro, ajudar para o sucesso da sua obra!

Mas não podemos deixar de citar a importância de ter profissionais qualificados ao seu lado para projetar e executar a obra da melhor maneira!

estrutura metalica

Você sabe o que é uma estrutura metálica?

(Se preferir, clique no player para o ouvir a narração desse artigo! Queremos facilitar sua vida, desde consumir o nosso conteúdo até realizar o seu projeto.) =)

Você sabe o que é estrutura metálica e como ela é utilizada na construção civil? Se a resposta é não, confira este nosso novo artigo sobre o assunto e fique por dentro.

Boa leitura!

O que é uma estrutura metálica

Apesar de sua usada há pouco tempo no Brasil, a estrutura metálica é utilizada desde o século XVIII na Europa e nos Estados Unidos, na execução de vigas, treliças de telhado, pergolados, barrotes de mezaninos, pilares, terças, pórticos, dentre outros.

Como o próprio nome diz, a estrutura metálica é um elemento estrutural produzido de material metálico, geralmente aço.

Por sua vez, o aço é constituído de ferro e carbono e, dependendo da quantidade de carbono utilizada, o aço terá mais ou menos resistência. Assim, quanto maior a quantidade de carbono, mais resistente será o aço fabricado e vice versa.

Em algumas construções o material precisa ser mais maleável, em outros, a resistência necessita ser maior. Por isso, só um engenheiro capacitado poderá indicar qual o melhor material para a estrutura metálica.

Mas cuidado, não confunda estrutura metálica com aquelas barras de aço utilizadas nas estruturas de concreto. Afinal, elas são coisas bem diferentes para usos diferentes. As barras de aço se unem ao concreto para auxiliar nos esforços de tração, já a estrutura metálica se difere pelo processo mecânico e construtivo.

Vantagens da estrutura metálica

A estrutura metálica tem conquistado seu espaço no mercado da construção brasileira. Antes era vista como um produto caro e exclusivo, porém agora já compete de igual para igual com outras técnicas construtivas.

Mas vejamos agora as suas principais vantagens:

1. Flexibilidade

A estrutura metálica é muito flexível no que diz respeito à elaboração do projeto arquitetônico e sua utilização proporciona ao arquiteto uma nova expressão para as construções. E claro, é especialmente interessante quando utilizada de forma aparente.

2. Rápida execução

O uso da estrutura metálica acarreta na redução do cronograma da obra, pois trata-se de um produto fabricado fora do canteiro de obras. Assim, fica a cargo da equipe de obra apenas a sua montagem que pode ser feita de forma rápida e prática sem a necessidade de equipamentos complexos.

3. Redução das cargas de fundação

Ela também proporciona a redução das cargas nos elementos de fundação. Dessa forma, é possível dimensionar estruturas de fundação mais baratas, o que reduz o custo e o prazo da obra.

4. Produto industrializado

Por ser um produto industrializado, tem-se a garantia de qualidade e de precisão, já que é fabricada com rigorosas medidas de controle de qualidade, trazendo a certeza de um perfeito nivelamento e alinhamento de toda a estrutura.

estrutura metalica

5 – Otimização da área útil

Por utilizar elementos mais esbeltos, as construções de estrutura metálica possuem maior potencial de aproveitamento da área útil.

6. Racionalização da construção

A utilização da estrutura metálica colabora na racionalização da construção, já que elimina o desperdício e reduz os  improvisos durante a obra.

7. Organização do canteiro de obras

Outra vantagem é a limpeza e organização do canteiro de obras. Com o uso de estruturas metálicas não é preciso de grandes espaços para armazenamento de insumos. E no mais, seu uso reduz a produção de entulhos durante a execução da obra.

Como você pode ver utilizar estrutura metálica na sua construção pode ser muito vantajoso. Você vai conseguir uma construção mais limpa, com maior precisão e controle de qualidade. E tudo isso de forma mais rápida e prática.

Porém, ao utilizá-la fique atento aos detalhes importantes. Será preciso um bom projeto, facilidade de acesso e transporte, fabricação por uma empresa de confiança e equipe capacitada para montagem e instalação.

E agora que tal dar uma conferida no nosso artigo sobre tipos de solo e sua importância para a construção civil? Temos certeza que irá gostar.

Sistemas Construtivos - Entenda Antes

Sistemas construtivos: tudo o que você precisa saber

Construir uma casa é a oportunidade de criar um imóvel adaptado ao seu estilo de vida e do jeito que você sempre sonhou. Mas, o que muitas pessoas que estão pensando em começar uma obra não dão a devida atenção é a escolha dos sistemas construtivos. 

Isso é essencial em qualquer obra, já que uma construção é muito mais do que centenas de tijolos empilhados. Na realidade, os tijolos cerâmicos que são utilizados na maioria dos edifícios brasileiros fazem parte de apenas um dos vários sistemas construtivos disponíveis na área da construção civil. 

Concreto, container, perfis de aço, madeira e PVC são apenas alguns exemplos de materiais alternativos utilizados para construir uma nova casa.


Escolher o sistema construtivo é uma decisão importante e que precisa da sua atenção ainda na fase de planejamento de obras. Isso porque o sistema construtivo interfere no custo da construção, no tempo de obra e na aparência da edificação.

Está perdido e não sabe quais são os sistemas construtivos existentes? Não tem problema! Criamos este guia completo para apresentar os principais métodos de construção, as vantagens e desvantagens de cada um e o que você precisa considerar antes de escolher a melhor técnica para o seu caso. Acompanhe! 

O que são os sistemas construtivos?

Em primeiro lugar, podemos definir um sistema construtivo como o conjunto de técnicas e tecnologias utilizadas para a construção de um edifício. Dessa maneira, os métodos construtivos correspondem à estrutura de uma casa ou prédio e servem para dar sustentação ao mesmo. 

As principais técnicas utilizadas atualmente são: alvenaria tradicional, alvenaria estrutural, wood frame, steel frame, concreto pré-moldado, paredes de concreto, container e concreto PVC. 

Mas não precisa se preocupar com o que cada um significa – pelo menos por enquanto. Mais adiante, explicaremos as características de todos.

A escolha do melhor sistema construtivo não é aleatória. Na verdade, é recomendado que o engenheiro civil ou arquiteto responsável pela obra realize um estudo preliminar para determinar qual o método ideal para cada caso. 

Para isso, o profissional precisa considerar as necessidades dos clientes, o tipo de construção, questões ambientais, orçamento, tempo de obra, materiais, mão de obra disponível etc. 

Optar pelo sistema construtivo adequado tem muitas vantagens, incluindo um processo de construção mais simples, melhor controle de qualidade e redução de desperdício. Além disso, ainda é possível reduzir custos e tornar um edifício de alta qualidade mais acessível. 

Veja também: Casas pré fabricadas – O Guia completo para quem vai investir em construção

Tipos de sistemas construtivos

Alvenaria convencional

Sistemas Construtivos - Entenda Antes

André Sell Arquitetura

A alvenaria convencional ou de vedação é um dos sistemas construtivos mais comuns no Brasil. 

É provável que o principal motivo para a sua popularidade seja o fato de não exigir uma mão de obra muito especializada. Assim, praticamente qualquer profissional da construção civil está familiarizado com as construções em alvenaria. 

Basicamente, a construção de uma casa em alvenaria convencional é composta por tijolos cerâmicos que funcionam como divisórias para os ambientes. Já a parte estrutural da edificação fica por conta de vigas, pilares e lajes de concreto, que criam uma estrutura de sustentação. 

Sistemas Construtivos - Entenda Antes

Freitas Arquitetura e Interiores

Sistemas Construtivos - Entenda Antes

Bruna Alvim Campos

A alvenaria convencional é um dos sistemas construtivos mais tradicionais em qualquer lugar do país. Contudo, existem pontos positivos e negativos que precisam ser considerados.

As principais vantagens deste método são: 

  • facilidade para encontrar os materiais de construção;
  • custo mais baixo em comparação com outros métodos;
  • disponibilidade de mão de obra;
  • a estrutura suporta vãos grandes e médios;
  • maior facilidade para futuras reformas e/ou alterações no projeto.

Já as desvantagens da construção em alvenaria são as seguintes: 

  • o tempo de execução da obra é longo;
  • gera muitos entulhos e resíduos;
  • desperdício de  15 a 30% de materiais durante a obra;
  • existe a possibilidade de surgir trincas, fissuras e outros problemas no futuro.

Alvenaria estrutural

Sistemas Construtivos - Entenda Antes

É provável que você já conheça algumas construções feitas em alvenaria estrutural. Este método construtivo também é bastante utilizado em diversos tipos de edificações, principalmente residenciais e comerciais.

As construções de alvenaria estrutural utilizam blocos de concreto ou cerâmicos fabricados especialmente para esse fim. Para tanto, os materiais possuem propriedades específicas que ajudam na estruturação do edifício.

Dessa maneira, os vigamentos, vergalhões e pilares são embutidos nos tijolos nos locais determinados no projeto elaborado pelo engenheiro civil. Isso ajuda a reduzir significativamente a quantidade de concreto, ferro e madeira para a obra.  

Diferentemente da alvenaria convencional, neste sistema construtivo, há a necessidade de mão de obra mais especializada. Afinal, há um grande risco de acidentes no local se as paredes que sustentam a construção não forem niveladas adequadamente. 

Para as construções com mais que quatro pavimentos, é recomendado que o engenheiro indique a utilização de barras de aço para deixar a estrutura mais resistente. 

Dentre as vantagens das construções em alvenaria estrutural, podemos destacar: 

  • maior agilidade na construção;
  • redução da quantidade de pessoas trabalhando na obra;
  • mais econômico financeiramente;
  • reduz gastos com reboco;
  • maior durabilidade do material, reduzindo a necessidade de manutenção;
  • menos desperdício de materiais;
  • facilita o planejamento da obra;
  • menor grau de dificuldade para a construção. 

Em contrapartida, os pontos negativos incluem:

  • limitação nos vãos livres;
  • não é possível remover as paredes sem colocar algum elemento estrutural para substituí-las;
  • não oferece muita liberdade estética para os projetos arquitetônicos, já que a estrutura não pode ser alterada.

Wood Frame

Sistemas Construtivos - Entenda Antes

O wood frame é um dos sistemas construtivos mais populares em outros países, como Estados Unidos e Canadá. Aqui no Brasil, a técnica ainda é pouco utilizada, mas vem crescendo nos últimos anos. Por isso, é importante entender como funciona. 

De maneira geral, o método construtivo wood frame é composto por perfis de madeira – geralmente de reflorestamento, como o pinus. A madeira maçica é coberta por um sistema de proteção contra o vento que, normalmente, é feito com drywall (ou gesso acartonado), placas cimentícias ou chapas de OSB (um painel com tiras de madeira). 

Para garantir maior durabilidade e proteger contra cupins e umidade, é importante que a estrutura de madeira seja autoclavada. Além disso, os componentes da construção devem receber um tratamento específico para garantir que estrutura resista ao fogo. 

Normalmente, os edifícios de wood frame são relativamente leves e peso é distribuído igualmente entre das paredes. Por isso, a fundação radier – que é semelhante a uma laje de concreto armado – é bastante utilizada. 

Além disso, a sapata corrida – uma estrutura de concreto armado que fica logo abaixo das paredes – também pode ser utilizada para reforçar a estrutura. 

Mas não precisa se preocupar com esses termos técnicos por enquanto. Caso opte por este sistema construtivo, o engenheiro responsável deverá fazer um estudo do solo e indicar as principais recomendações antes de iniciar a obra. 

As construções com o método wood frame têm as seguintes vantagens: 

  • menor tempo de construção;
  • maior precisão ao executar a obra;
  • alto isolamento térmico e acústico;
  • pouco desperdício de materiais;
  • possibilidade de criar vãos espaçosos;
  • pequena quantidade de resíduos. 

Como todo sistema construtivo, também existem alguns desafios, como:

  • necessidade de mão de obra especializada;
  • limitação na quantidade de pavimentos;
  • necessidade de cuidados para proteger a madeira.

Steel Frame

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O sistema construtivo steel frame, também conhecido como light steel frame é parecido com o wood frame. Basicamente, a estrutura da edificação é feita da mesma maneira que o método com madeira. Entretanto, o material utilizado no steel frame é o aço.

Com esta técnica, os perfis de aço galvanizado compõem o esqueleto da estrutura e o fechamento fica por conta de placas de madeira, cimentícias ou de drywall. 

Uma característica que chama a atenção é montagem relativamente simples. Para uma construção deste tipo, a fundação é simples e boa parte da estrutura já chega ao canteiro de obras pré-executada. 

A forma de montagem mais utilizada consiste em cortar os perfis de aço nas medidas do projeto e montar os painéis estruturais no canteiro de obras. 

Além disso, é possível comprar os painéis nas medidas certas e levar para o local apenas para a montagem. Essa técnica de montagem garante mais agilidade e reduz os gastos com mão de obra. 

As instalações elétricas e hidráulicas ficam no interior dos painéis e podem ser instaladas facilmente, sem muita bagunça.

O grande diferencial do steel frame em comparação a outros sistemas construtivos é que ele proporciona uma obra “limpa”. Ou seja, os resíduos gerados durante a construção são mínimos e o consumo de água é praticamente inexistente. Outras vantagens incluem: 

  • reduz o tempo de obra em até ⅓ em comparação à alvenaria convencional;
  • bom desempenho acústico e térmico com a instalação de lã de vidro entre as paredes e forro;
  • mínimo desperdício de materiais;
  • maior resistência;
  • maior flexibilidade para os projetos arquitetônicos;
  • manutenção da estrutura facilitada;
  • não apresenta riscos, como fissuras, rachaduras e trincas;

Em contrapartida, as principais desvantagens são: 

  • dificuldade para encontrar mão de obra especializada;
  • custo mais alto em comparação com outros sistemas construtivos;
  • limitação na quantidade de pavimentos. 

Paredes de concreto

Sistemas Construtivos - Entenda Antes

Você já ouviu falar em construções com paredes de concreto? Este método construtivo é relativamente recente e passou a ser mais utilizado em obras residenciais principalmente com o aumento da demanda das casas populares. 

A tecnologia das paredes de concreto permite construir edifícios de até cinco pavimentos. Além disso, as construções podem ter até trinta pavimentos em alguns casos mais específicos.

De maneira simples, a técnica consiste em paredes estruturais maciças feitas com concreto armado. Para fazer as paredes, utiliza-se moldes metálicos, de madeira ou de plástico que, posteriormente, são preenchidos com concreto. 

Esse processo é feito in loco, ou seja, no canteiro de obras e as instalações elétricas e hidráulicas ficam embutidas no concreto. Assim, as medidas podem ser adaptadas de acordo com o projeto arquitetônico.

Como os moldes de concreto são personalizáveis e caros, este tipo de sistema construtivo pode ser inviável para a construção de apenas uma residência, por exemplo. 

Já as construções de larga escala, como condomínios e edifícios residenciais, podem se beneficiar deste processo, já que as formas podem ser reutilizadas várias vezes. 

Nesses casos, as paredes de concreto apresentam várias vantagens, incluindo: 

  • rápida execução da obra;
  • maior controle do prazo de construção;
  • baixa geração de resíduos;
  • alta durabilidade;
  • maior segurança estrutural;
  • resistência a altas temperaturas.

Dentre os pontos negativos, podemos destacar: 

  • baixo isolamento térmico e acústico;
  • não é possível fazer alterações após a construção;
  • não há possibilidade de improvisar durante a obra;
  • preço elevado para construções em pequena escala.

Só para exemplificar, o vídeo abaixo mostra de maneira bem simples como funciona o método construtivo de paredes de concreto moldadas in loco: 

Concreto pré-moldado

Sistemas Construtivos - Entenda Antes

Apesar de utilizar a mesma matéria-prima, o sistema construtivo de concreto pré-moldado é diferente do anterior. A principal diferença está na maneira como as peças de concreto são fabricadas. 

No método do concreto pré-moldado, a estrutura de concreto é moldada na fábrica em um processo industrial de grande escala. Em seguida, o material é transportado até a obra e instalado no local adequado. 

O concreto pré-moldado é bastante utilizado, especialmente em galpões e empresas de grande porte. Nesses casos, a estrutura de concreto costuma ficar aparente. Mas, para garantir uma aparência menos grosseira, é possível utilizar placas cimentícias ou drywall. 

Em algumas construções, este método pode apresentar um bom custo benefício. Porém, é preciso analisar o tipo de construção e as limitações, já que o transporte das peças pode ser complicado. 

As principais vantagens de construir com o concreto pré-moldado são: 

  • maior velocidade na execução da obra;
  • economiza espaço no canteiro de obras;
  • pouca geração de resíduos;
  • sustenta vários pavimentos; 
  • possibilidade de criação de grandes vãos: de acordo com o projeto, é possível ter áreas de 30 até 60 metros de altura. 

Por outro lado, o concreto pré-moldado apresenta os seguintes desafios: 

  • pouca flexibilidade para os projetos;
  • alterações no projeto pode desperdiçar peças inteiras;
  • necessidade de mão de obra e equipamentos especializados.

Concreto PVC

Sistemas Construtivos - Entenda Antes

O concreto PVC é um sistema construtivo modular composto por painéis de PVC que dão forma às paredes (internas e externas). Eles servem tanto para a função estrutural quanto para dar acabamento aos ambientes. 

A instalação é prática: os painéis são fabricados nas medidas de cada projeto e chegam prontos ao canteiro de obras. Então, eles são encaixados uns aos outros, funcionando como o esqueleto da edificação. 

Depois da montagem, é hora de instalar os componentes elétricos e hidráulicos dentro dos perfis de PVC. Em seguida, os painéis são  preenchidos por concreto para garantir que a estrutura fique firme. 

Além disso, em alguns projetos, pode ser necessário utilizar o aço estrutural para reforçar a resistência. 

Assim como em outros sistemas construtivos, como o steel frame, as fundações para esse tipo de obra são bem simples. Em construções com apenas um pavimento, uma laje radier é suficiente para suportar a estrutura. 

É válido citar que o PVC é lavável e pode ser encontrado em diversas cores. Por isso, os painéis também podem servir como acabamento, dispensando outros gastos.

Mas, quem pretende aplicar tinta, pisos ou papel de parede, por exemplo,não precisa se preocupar. O material também permite a aplicação de diversos tipos de revestimentos. 

O esquema abaixo ilustra como uma casa pode ser construída com este método:  

Sistemas Construtivos - Entenda Antes

As vantagens de construir utilizando o Concreto PVC são:

  • mínimo desperdício de materiais;
  • canteiro de obras limpo e organizado;
  • maior agilidade na construção, podendo ser 3 vezes mais rápido do que uma construção em alvenaria;
  • bom isolamento térmico e acústico;
  • permite alterações após a construção;
  • menos pessoas trabalhando na obra.

Por outro lado, as desvantagens são:

  • custo elevado;
  • dificuldade para encontrar fornecedores;
  • baixa disponibilidade de mão de obra especializada;
  • apresenta pequenas vibrações na estrutura, por isso, não é recomendável para locais com ventos intensos.

Container 

Sistemas Construtivos - Entenda Antes

Por fim, já pensou em construir uma casa container? De uns tempos para cá, as construções em container estão se popularizando no país, especialmente entre aqueles que buscam uma solução econômica e sustentável. 

Assim, o material que era utilizado de forma mais grosseira, principalmente em escritórios e depósitos nos canteiros de obras, ganhou destaque na arquitetura e construção civil. 

Não é difícil entender as razões, já que as construções em container possuem uma aparência moderna e industrial que está em alta no momento. Mas, quem pretender construir com esta técnica precisa ir além do aspecto visual. 

Primeiramente, a estrutura do container precisa passar um processo de preparação que inclui: serralheria, funilaria e pintura. A fase de preparação pode ser feita na fábrica ou mesmo no canteiro de obras, dependendo das características do projeto. 

Este tipo de construção também possui algumas regras específicas para ser legalizado. Por exemplo, o laudo de habitabilidade certifica que a estrutura é segura e não está contaminada com agentes químicos, biológicos e radioativos.

Uma das principais vantagens de utilizar o container na construção civil é a sustentabilidade pois o material é reutilizado. Por isso, o container pode ser considerado um dos principais métodos construtivos alternativos. 

Além disso, existem outras vantagens:

  • redução de entulho no canteiro de obras;
  • rapidez na execução do projeto;
  • flexibilidade/mobilidade, pois a estrutura pode ser desmontada e montada novamente em outro local;
  • baixo custo;
  • economia de materiais de construção como areia, cimento, tijolo etc;
  • não precisa de fundação e terraplanagem;
  • durabilidade.

Por outro lado, as construções em container apresentam alguns desafios e cuidados, como: 

  • necessidade de espaço amplo  para manobra de guindastes;
  • exige cuidados específicos para garantir isolamento térmico e acústico;
  • necessidade de tratamento adequado para evitar ferrugem.

Conclusão

Em síntese, esses foram os sistemas construtivos mais utilizados na construção civil atualmente. Portanto, para encontrar o método mais adequado para sua construção, considere as características de cada um, a mão de obra disponível em sua região e a funcionalidade da edificação. 

Além disso, é essencial contar com o auxílio de profissionais, como engenheiros e arquitetos antes de tomar uma decisão. Os especialistas conhecem os sistemas construtivos a fundo e, certamente, poderão recomendar a melhor opção para o seu caso. 

Por fim, é a nossa vez de saber: qual dos sistemas construtivos acima você mais se identificou?

Canteiro de obras - Retorno investimento na construção civil

Pensando em aumentar a eficiência no canteiro de obras? Confira!

(Se preferir, clique no player para o ouvir a narração desse artigo! Queremos facilitar sua vida, desde consumir o nosso conteúdo até realizar o seu projeto.) =)

O canteiro de obras é a área de trabalho onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra. É também o local onde são armazenados os materiais que serão utilizados (cimento, ferro, madeira, ferramentas, etc).

Ele é compostos por áreas de vivência e áreas operacionais, tais como: depósitos de materiais, alojamento, banheiros, escritório, e, dependendo do empreendimento, até mesmo uma sala de vendas. 

Ou seja, em um canteiro de obras precisa haver espaço para muitas coisas. E tudo isso deve ser planejado com cuidado para que não ocorra falhas na execução dos serviços e perda da qualidade.

Então, para aumentar ainda mais a eficiência do seu canteiro de obras, confira as dicas a seguir.

Como aumentar a eficiência no seu canteiro de obras?

1. Planeje seu canteiro de obras

O canteiro de obras deve ser planejado e projetado antes do início das obras. Dessa forma, o espaço de trabalho é otimizado. E, se bem planejado é possível ganhar mais agilidade, diminuindo o tempo de deslocamento de materiais, pessoas e máquinas.

Para começar, com a planta em mãos, identifique o espaço ideal para a construção do canteiro de obras. Analise onde será feita a entrada e saída de caminhões, a área para o descarregamento de materiais e também visualize onde será feito o trânsito e a permanência das pessoas envolvidas. Planeje também as instalações de abastecimento de água e de energia elétrica.

No mais, lembre-se que, de acordo com o porte e a complexidade da obra, o canteiro de obras precisará ter diferentes espaços, tais como: casa de vigia, alojamento e refeitório. depósitos diversos, carpintaria, escritório, almoxarifado, central de corte e dobragem de ferro, etc.

2. Layout do canteiro de obras

Depois de definido os espaços do canteiro de obra, é hora de pensar no seu layout. A disposição adequada no canteiro de obras é fundamental. Afinal, é a partir dele que acontecerá toda a logística envolvendo equipamentos, mão de obra e matéria-prima.

Trata-se de elaborar um fluxo de trabalho pensando em reduzir ao mínimo os movimentos dos trabalhadores. E, dessa forma, fazer com que eles gastem o mínimo de tempo possível em deslocamentos para buscar materiais ou usar equipamentos.

Mas atenção, é importante destacar que o layout do canteiro de obras deve ser flexível. Afina, ele precisará ser alterado conforme o desenvolvimento da obra.

canteiro de obras

3. Organização e limpeza

Para assegurar o bom andamento da obra, a segurança e a saúde de todos os envolvidos, é importante que todos colaborem para manter o canteiro de obras limpo e organizado, com cada material armazenado em seu devido lugar.

Para isso, o gestor deve  criar uma rotina de limpeza no canteiro de obras estipulando, por exemplo, dias e  horários para limpeza.

Importante também que todos colaborem para manter os corredores de passagem sempre limpos e livres, evitando assim, o desperdício de material no deslocamento.

4. Compra de materiais programada

Antes mesmo de começar a obra, deve ser definido um funcionário responsável pelo planejamento e administração dos materiais da obra, pois dele será a função de responder as seguintes questões:

  • Quais materiais serão recebidos na obra?
  • Em que quantidade eles serão recebidos?
  • Quando e onde serão usados?
  • Em que momento devem chegar?

Assim, é possível fazer uma lista de materiais e uma programação das compras necessárias para cada etapa da obra. Evitando-se dessa forma, e a estocagem de uma quantidade exagerada de materiais.

5. Armazenamento de material no canteiro de obras

Os materiais de construção devem ser armazenados e estocados de modo a não prejudicar o trânsito de pessoas, bem como a circulação de materiais e o acesso aos equipamentos de combate a incêndio.

No mais, é preciso tomar cuidado para não obstruir portas ou saídas de emergência, bem como evitar empuxos ou sobrecargas nas paredes, lajes ou estruturas de sustentação, além do previsto em seu dimensionamento.

Veja a seguir algumas regras básicas:

  • Materiais como sacos e perfis e madeira não podem ser apoiados em muros e pilares de sustentação;
  • Os materiais devem ser empilhados a uma distância, no mínimo, igual à altura da pilha;
  • Os materiais devem ser armazenados em locais de fácil acesso;
  • Tijolos e telhas devem estar em pilhas para evitar quebras;
  • Sacos de cimento e argamassas devem ser guardados em local seco e arejado.

Gostou das dicas para aumentar a eficiência do seu canteiro de obras? Então confira agora nosso artigo sobre arquitetura sustentável, temos certeza que você irá gostar.

Projetos para construção - Projeto Estrutural

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Projetos para construção: tudo o que você precisa saber

Basicamente, uma obra é formada por tijolo, cimento, estrutura metálica e materiais de acabamento. Mas, na realidade, é muito mais do que isso! Será que você sabe quais são as etapas necessárias antes de iniciar uma obra? Uma dessas etapas envolve os projetos para construção. 

Como a palavra sugere, um projeto trata-se de um tipo de esboço com a descrição detalhada de algo que será construído. Nesse caso, pode ser uma casa, prédio ou qualquer outro edifício.

É por meio de um projeto de construção, por exemplo, que se define a aparência da fachada de um prédio, o layout do interior, os materiais de acabamento, os pontos de elétrica e hidráulica e todas as informações importantes para executar uma obra.

 

projetos para construção - entenda antes

 

Mais do que uma maneira de facilitar o trabalho de todos envolvidos em uma obra, os projetos para construção são elementos obrigatórios, tanto para quem vai começar uma construção do zero quanto para uma simples reforma. Então, não tem jeito de escapar dessa etapa! 

Logo, o melhor a se fazer é conhecer todos os tipos de projetos de construção, para que eles servem, como eles são elaborados e os pontos importantes de cada um. Pensando nisso, elaboramos este guia completo sobre os projetos para construção. Confira!

Para que serve um projeto?

Antes de explicar quais são os tipos de projetos para construção, é preciso deixar claro qual a utilidade desses documentos. Primeiramente, todo projeto de construção serve para proporcionar conforto aos usuários daquele espaço. Assim, o projeto deve contemplar as principais necessidades dos indivíduos, bem como a utilidade do ambiente. 

 

Projetos para construção: tudo o que você precisa saber
Orçamentos de obra: o que é e como fazer? | Clique para ver Projeto completo EA-138.

 

Além disso, os projetos de construção servem para organizar a obra e facilitar a sua execução. Uma vez que os documentos especificam a quantidade de materiais, necessidade de mão de obra e outras informações, é possível prever problemas comuns nas obras. Consequentemente, gastos desnecessários e desperdícios são evitados, ao mesmo tempo que a eficiência no canteiro de obras aumenta.

Tudo isso só é possível graças ao estudos e análises detalhadas que são feitos pelos profissionais habilitados, como arquitetos e engenheiros. 

 

Tipos de projetos para construção

Agora vamos para a parte prática e descobrir quais são os projetos para construção que você precisa ter antes de começar uma obra?

Projeto arquitetônico

 

projetos para construção - entenda antes

 

O projeto arquitetônico é um dos documentos obrigatórios em qualquer obra. Ele pode ser definido como a representação da obra. Dessa forma, o projeto arquitetônico contempla o design de uma construção e a funcionalidade de cada espaço. Tudo isso é pensado para atender às necessidades do cliente e respeitar as normas dos órgãos competentes.

Assim, o projeto arquitetônico é um dos primeiros passos de uma construção. Esta é uma das etapas mais importantes para evitar erros durante a obra e garantir que tudo fique conforme o planejado. 

É importante saber que o projeto arquitetônico pode ser elaborado por um arquiteto ou engenheiro civil. Embora os profissionais tenham competências diferentes, a legislação atual garante que ambos realizem o trabalho. 

Na prática, o projeto de arquitetura é formado por um conjunto de desenhos técnicos, sendo que a planta baixa é o principal deles. 

A planta baixa é uma representação do ambiente a partir de um corte horizontal a 1,5m da base. Em outras palavras, é como se pudéssemos visualizar o espaço de cima, sem o telhado. Dessa forma, a planta baixa apresenta a dimensão da área construída, a disposição dos cômodos, além de elementos da construção, como portas, janelas, escadas etc. 

planta com 2 quartos projeto EA-114

Vale ressaltar que cada andar possui uma planta baixa. Assim, em um sobrado, por exemplo, é necessário criar um projeto para o térreo e outro para a parte superior. 

Além da planta baixa, um projeto arquitetônico geralmente é composto pelos seguintes desenhos: 

  • Planta de implantação;
  • Planta humanizada;
  • Planta de cobertura;
  • Fachada;
  • Cortes e elevações superiores;
  • Esquadrias;
  • Pontos de elétrica;
  • Pontos hidráulicos. 

planta humanizada - entenda antes

A elaboração de um projeto arquitetônico exige bastante atenção do profissional. Para isso, é necessário seguir algumas etapas básicas, como: 

Levantamento de dados

A primeira etapa do projeto arquitetônico é o levantamento de dados. É neste momento em que o cliente explica suas necessidades e fornece o maior número de informações ao arquiteto. Por exemplo, a utilidade do edifício, elementos essenciais, orçamento e data de conclusão desejada. 

Outras informações técnicas também fazem parte do levantamento de dados, como características do terreno e infraestrutura do entorno. 

 

projetos para construção - entenda antes

 

 

Estudo preliminar

A partir das informações coletadas, o profissional elabora um estudo preliminar para avaliar a viabilidade da obra, bem como um esboço dos projetos para construção. Esse esboço serve para o cliente ter uma ideia de como será a construção, levando em conta as restrições técnicas, financeiras e as necessidades indicadas. 

Este é o momento ideal para alinhar as ideias e solicitar modificações que possam ser incorporadas ao projeto. A partir de então, o arquiteto poderá iniciar a elaboração da planta baixa. 

 

projetos para construção - entenda antes

Anteprojeto

Após fazer os ajustes e mudanças solicitadas pelo cliente, o arquiteto elabora o anteprojeto. A partir de uma planta baixa, o documento apresenta todas as dimensões e características da obra. 

 

projetos para construção - entenda antes

Projeto legal

Todos os projetos para construção precisam ser aprovados pela prefeitura do município. Por isso, o arquiteto ou engenheiro também elabora um projeto legal que cumpre todas as normas exigidas pelos órgãos competentes. Somente depois de aprovado, que é possível prosseguir com a construção.

 

projetos para construção - entenda antes

 

Projeto executivo

O projeto executivo pode ser considerado o guia da construção. Nele, devem constar todos os elementos necessários para executar a obra, tais como: descrição de materiais, cálculos estruturais, projetos complementares (elétrico, hidráulico, estrutural etc), especificações técnicas, cronograma de obra e planilhas de orçamento. 

 

projetos para construção - entenda antes

 

Além disso, o projeto executivo deve deixar claro quais são equipamentos necessários para a obra.

Projeto estrutural

Projetos para construção - Projeto Estrutural

Enquanto o projeto arquitetônico normalmente contempla os recursos visualmente atraentes de uma obra, o projeto estrutural concentra-se na resistência, segurança e durabilidade ao projetar um edifício. 

A parte estrutural é um dos projetos para construção mais importantes. Afinal, é a partir de técnicas e ferramentas precisas que o engenheiro civil pode garantir que a estrutura seja forte o suficiente para resistir ao peso e ao tempo. 

Sem este documento, sua construção corre sérios riscos. Uma possibilidade é a obra superdimensionada, ou seja, a construção tem uma estrutura maior do que o necessário. Consequentemente, isso resulta em gastos desnecessários. E, cá entre nós, quando o assunto é construção, todo desperdício em uma etapa significa que o orçamento ficará mais apertado em outra parte. 

Um problema ainda mais grave é o subdimensionamento, isto é, quando a estrutura construída não é suficiente para sustentar o edifício. Nesse caso, é comum surgir trincas, fissuras, rachaduras ou, na pior das hipóteses, o desabamento da construção. 

 

projetos para construção - entenda antes

 

Para a criação do projeto estrutural, o profissional realiza uma análise da estrutura para determinar quais forças internas e externas podem afetar a construção. Em seguida, eles projetam uma estrutura com os materiais e reforços necessários para atender aos requisitos. 

Um projeto estrutural deve detalhar a as dimensões, formas e amarração de todos os itens estruturais da edificação. Os mais comuns são: fundação, vigas, lajes, pilares e alvenaria estrutural.

Projeto elétrico

Projetos para construção - Projeto elétrico

A instalação de tomadas, pontos de iluminação e outros pontos de energia não é feita ao acaso. Na realidade, existe bastante planejamento, cálculos e normas e serem seguidas. 

Por isso, o projeto elétrico é um dos projetos complementares para uma construção. O profissional habilitado para elaborar o documento varia de acordo com a complexidade da obra. Engenheiros civis e técnicos em elétrica estão aptos a realizar projetos mais simples, como a maioria das construções residenciais. Já as obras mais complexas devem ser projetadas por engenheiros eletricistas. 

O documento deve relacionar todos os pontos de eletricidade, local dos comandos, trajeto dos fios e a potência elétrica necessária para atender à demanda do local. 

Assim como nos outros projetos para construção, o projeto elétrico também possui algumas etapas pré-estabelecidas. 

Primeiramente, o profissional determina a qualidade e os tipos de materiais utilizados. Para isso, é necessário analisar a planta baixa e conferir os locais que exigem pontos de elétrica. A quantidade de lâmpadas, por exemplo, deve seguir a norma da ABNT NBR 5410, que determina a iluminação mínima de acordo com o tamanho do ambiente.  

projetos para construção - entenda antes

Em seguida, o engenheiro precisa projetar a instalação elétrica para cada cômodo do imóvel. Aqui, o profissional considera aspectos técnicos e práticos, como dimensões do local, funcionalidade, quantidade de tomadas e luminárias, além da movimentação de pessoas.

É importante ressaltar que um projeto elétrico bem feito é fundamental para a segurança da construção, prevenindo problemas comuns, como curto-circuito e sobrecarga da rede elétrica

Além disso, o documento contribui para reduzir gastos na obra. Isso porque o projeto possui uma relação exata dos materiais necessários o que, consequentemente, evita sobras e desperdícios durante a construção. 

Projeto hidrossanitário

O projeto hidrossanitário envolve todos os sistemas de distribuição de água e esgoto da construção. É a partir desse projeto que a água sai da concessionária e chega até as torneiras e chuveiro, por exemplo. Além disso, o projeto hidrossanitário é essencial para que os dejetos saiam pelos ralos e vasos sanitários, chegando até a tubulação de esgoto. 

projetos para construção - entenda antes

 

Assim, o profissional que elabora o projeto hidrossanitário precisa separar os elementos para evitar que, por exemplo, a água seja contaminada pelo esgoto

O projeto hidrossanitário é bem completo e envolve os seguintes projetos menores: 

Instalações de água fria

As instalações de água fria servem para que a água entre na residência e chegue até os pontos de distribuição onde ela será utilizada. Assim, o projeto de água fria é composto pelos pontos de entrada de água (hidrômetro e registro), reservatórios, colunas de distribuição, ramais de distribuição e pontos de saída.

Tais instalações precisam ser projetadas para que o fornecimento de água seja constante, com qualidade e em quantidade suficiente para atender à demanda dos moradores. 

 

projetos para construção - entenda antes

 

Instalações de água quente

As instalações de água quente precisam de atenção especial no projeto hidrossanitário. Assim, o profissional precisa definir os pontos de água quente (chuveiros, banheira, torneiras etc) e projetar as tubulações responsáveis por levar a água do reservatório até esses pontos. 

É importante saber que a água quente percorre um caminho diferente da água fria e, na verdade, elas se unem pouco antes de serem utilizadas, onde há um misturador.

 

projetos para construção - entenda antes

 

Instalações sanitárias

As instalações sanitárias são partes essenciais nos projetos para construção. Elas são formadas pelas tubulações que transportam os dejetos do imóvel até a rede de esgoto pública para passar pelo tratamento. Em locais onde não há rede de esgoto, é necessário contar com uma estação de tratamento particular, formada por fossa e filtro. Só então, os dejetos poderão ser descartados.  

 

projetos para construção - entenda antes

 

O projeto de esgoto sanitário precisa considerar detalhes importantes, como a inclinação das tubulações para que os dejetos possam escoar de forma adequada. Além disso, o planejamento deve incluir a posição dos ralos, caixas de gordura, passagem, dentre outros aspectos. 

Instalações de águas pluviais

A água que vem da chuva também precisa ser eliminada de forma correta para evitar danos na estrutura da construção. As instalações de águas pluviais são compostas por calhas, condutores, canaletas e ralos. Essas estrutura servem para captar toda a água da chuva em telhados, terraços e pisos e direcionar para a rede pública. 

É importante saber que as águas pluviais  não devem ser descartadas na tubulação de esgoto sanitário. Isso porque existe um alto investimento para a coleta e tratamento do esgoto e, ao jogar a água da chuva (que é praticamente limpa), muito dinheiro público é desperdiçado. 

projetos para construção - entenda antes

 

Além disso, é possível incluir um sistema de reutilização. Assim, a água é armazenada em reservatórios específicos e pode ser usada na limpeza da casa, irrigação de plantas ou até para abastecer as descargas sanitárias. 

Projeto paisagístico

Existem alguns projetos para construção que são opcionais. Assim, o cliente decide se deseja ou não solicitar a elaboração. Um deles é o projeto paisagístico, que refere-se à implementação do jardim. 

 

projetos para construção - entenda antes

 

Esse tipo de projeto pode ser realizado por arquitetos e/ou paisagistas, que detalham as espécies de plantas utilizadas, onde elas serão localizadas, além de definir itens decorativos, iluminação para jardim e sistema de irrigação. 

Um bom projeto paisagístico é capaz de aumentar o valor da propriedade em até 20%. Afinal, uma paisagem bem planejada é capaz de tornar uma área monótona e sem funcionalidade em um local aconchegante e que complementa a arquitetura da casa. Além disso, os moradores do imóvel podem desfrutar de um espaço verde e com área de lazer, ideal para praticar esportes, meditar e até para o entretenimento. 

Mesmo que você seja um entusiasta no mundo da jardinagem, é interessante procurar um profissional para planejar o ambiente. Um paisagista pode encontrar algumas soluções que você nunca imaginou, além de ajudá-lo a evitar erros desastrosos.

O projeto de paisagismo pode ser utilizado em vários ambientes da casa, incluindo: 

  • Jardins
  • Hall de entrada
  • Muros
  • Jardins de inverno
  • Decks
  • Piscina
  • Varanda
  • Pergolados
  • Jardins verticais
  • Telhados verdes  

 

paisagismo - entenda antes

Projeto de interiores

Um dos projetos para construção mais empolgantes para os proprietários é a parte do design de interiores. Nesse tipo de projeto, o arquiteto ou designer de interiores planeja todas as características do interior do imóvel, como tipos de móveis, cores, texturas e elementos decorativos. Em outras palavras, é o momento de dar vida ao espaço! 

Um bom projeto de interiores deve equilibrar praticidade, funcionalidade e, claro, a estética do ambiente. Para isso, o profissional considera as necessidades, desejos, gosto pessoal do cliente e orçamento disponível. 

 

projetos para construção - entenda antes

 

Diversos elementos compõem o projeto de interiores, variando de acordo com as habilidades do profissional e o que o cliente deseja contratar. Alguns desses elementos são: 

 

Veja também: Você NÃO precisa perder tempo com projeto para construir sua casa. Entenda o porquê!

 

Layout

É a maneira como os móveis e outros elementos ficarão distribuídos em cada um dos ambientes da casa. Isso é pensado de acordo com as necessidades dos moradores, juntamente com os conhecimentos técnicos do profissional. 

 

projetos para construção - entenda antes

 

Projeto luminotécnico

esse tipo de projeto inclui todos os detalhes da iluminação do ambiente. Isto é, os pontos de iluminação, quantidade de luzes necessárias para garantir o conforto visual, tipos de lâmpadas, luminárias e até o posicionamento ideal para os interruptores. 

 

projetos para construção - entenda antes

 

Projeto de revestimentos

O projeto de interiores também pode incluir a relação de revestimentos que serão utilizados no imóvel. Dessa maneira, são escolhidos os tipos de materiais, como será a paginação das peças e aplicação. Assim, os revestimentos de pisos e paredes ficam em harmonia com o restante da decoração.

 

projetos para construção - entenda antes

 

Mobiliário

Os móveis planejados fazem toda a diferença em um ambiente, concorda? Isso só é possível com um bom projeto de mobiliário que especifica desde a aparência dos móveis, até a parte interna com todas as divisórias. Cada projeto de mobiliário é único, respeitando alguns critérios de funcionalidade e estética para aproveitar melhor cada espaço.

 

projetos para construção - entenda antes

 

Ufa! Percebeu como existem vários projetos para construção? Pelo menos agora você já conhece sobre cada um deles e, com certeza, está mais preparado para iniciar uma obra.

Pensando em como conseguir o melhor projeto? Podemos te ajudar, veja 3 opções para você adquirir o seu projeto, cada uma delas com suas vantagens e desvantagens, como tudo na vida, clique aqui.

Você deseja saber como fazer o planejamento de obras completo? Confira nossa matéria que vem falando do assunto! Clique aqui e confira.

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Vigas

Aprenda agora o que são as vigas e qual sua função

(Se preferir, clique no player para o ouvir a narração desse artigo! Queremos facilitar sua vida, desde consumir o nosso conteúdo até realizar o seu projeto.) =)

As vigas desempenham papel fundamental na estrutura de uma obra, pois junto a outros elementos, servem de sustentação para o equilíbrio dos pesos. Então basicamente, elas ficam apoiadas nas colunas e acima das paredes.

Quer saber mais sobre as vigas e sua importância na construção civil? Então acompanhe este nosso novo artigo.


Boa leitura!

O que são vigas?

Primeiramente, as vigas são estruturas retas e horizontais sobre as quais repousam o peso de outras peças de forma perpendicular. São, portanto, elementos estruturais e devem ser dimensionadas por um engenheiro capacitado e constar no projeto estrutural da obra.

Na maioria das vezes, elas são posicionadas entre duas colunas e acima das paredes e possuem a mesma largura da parede sem revestimento e por isso ficam escondidas quando a edificação fica pronta.

No entanto, a resistência de uma viga vai depender da sua altura, sendo que quanto mais alta, mais resistente ela é.

Não há como escapar das vigas, pois elas estão presentes tanto em construções simples quanto nas mais complexas.

Mas atenção! Não se deve passar nenhum tipo de duto no meio das vigas, exceto quando previsto no projeto. Mas do contrário,  a resistência será seriamente prejudicada e a estrutura pode ser danificada.

Como fazer uma viga?

  1. A posição e as medidas das vigas devem ser determinadas pelo engenheiro responsável, de acordo com o projeto estrutural.
  2. As barras de aço das vigas devem ser bem amarradas ao aço sobressalente das colunas.
  3. Verifique se as caixarias estão firmes, aprumadas e niveladas, pois após a aplicação do concreto não podem haver vazamentos.
  4. Depois posicionar as colunas de aço e caixarias, o concreto deve ser colocado.
  5. Quanto ao concreto, ele pode ser comprado usinado ou pode ser feito na própria obra.
  6. Deixe secar por cerca de 7 dias.
  7. Após a secagem, o concreto deverá ter uma cor homogênea e não possuir furos que permitam ver as estruturas de aço.
  8. Com as vigas prontas, é hora da construção das lajes.

vigas

Como calcular os materiais utilizados na construção das vigas?

Para saber a quantidade de cimento, areia e pedra ou concreto usinado (pronto) que será utilizada na construção da viga é preciso, antes de tudo, calcular o seu volume. Por sua vez, para calcular o volume, basta multiplicar a largura x altura x metragem linear.

Se você vai usar o concreto usinado, não precisa fazer mais nenhum cálculo, você já terá a quantidade dele que precisará comprar.

Mas se optou por fazer o concreto na obra, escolha o traço do concreto para depois obter rendimento. Pois o rendimento mostra a quantidade de cimento, areia e pedra necessários para produzir 1 m3. Multiplique o volume de concreto pelo rendimento de cada material e assim, terá a resposta sobre a quantidade que deverá ser comprada de cada material.

Quanto ao aço utilizado nas vigas, as colunas podem ser comprada por peso. Então é só informar na loja os dados da tabela resumo do aço do projeto estrutural.

Então outra opção mais econômica é comprar armações prontas. Mas neste caso, seu projeto deve ser compatível com as dimensões disponíveis no mercado e você deverá informar o comprimento de cada parte da viga na hora de fazer a compra.

E por fim, se for produzir as colunas de aço na própria obra, basta calcular a metragem linear das barras de aço que irão compor os ferros e estribos das colunas em metros. Depois é só dividir a metragem por 12 metros (tamanho padrão da barra de aço) para saber quantas barras irá comprar.

vigas

Cuidados com as vigas de concreto

  • Deve-se sempre contratar um engenheiro para elaborar o projeto estrutural. Então é ele que irá calcular as cargas e garantir a segurança da construção.
  • A resistência do concreto deverá ser especificada no projeto estrutural e nunca deverá ser menor do que 20 MPa.
  • Caso se usado o concreto usinado, garanta que a concreteira realize os testes de resistência. Fiscalize também o prazo de vida útil do concreto (150 minutos), pois após esse prazo o concreto  começa a perder resistência e plasticidade.
  • Se for fazer o concreto na obra, sempre verifique se o pedreiro usou a proporção certa de areia, cimento, pedra e água, de acordo com o descrito na carta de traço.
  • Além das vigas de concreto, existem outras possibilidades, como metálica ou de madeira.
  • Busque sempre orientações com o engenheiro responsável pela obra se surgirem dúvidas, só ele poderá te ajudar nessas horas.

Gostou de saber mais sobre vigas de concreto? Sendo assim, leia também nosso artigo sobre Bioconcreto, você irá se surpreender!!

Entulho

Saiba o que fazer com o entulho gerado na construção civil!

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A construção civil é um setor de grande importância para a economia do país, gerando milhares de empregos. Porém, ela gera também uma quantidade enorme de entulho. Material esse que, se não for descartado corretamente, acaba virando um grande problema para o meio ambiente.

Então, se você está construindo ou reformando e não tem ideia do que fazer com o entulho gerado pela sua obra, este texto é para você.

Acompanhe e boa leitura!

O que é entulho

Entulho são os resíduos de construção civil ou de demolição. Ou seja, são todos os fragmentos ou restos de tijolo, concreto, argamassa, aço, madeira etc. que são gerados na construção civil ou na demolição, de acordo com a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção e Demolição (Abrecon).

Todo resíduo gerado na construção, reforma, escavação ou demolição, é considerado como Resíduo da Construção de Demolição (RDC) ou Resíduo da Construção Civil (RCC).

A diferença entre o entulho da construção e da demolição é, de maneira simplificada:

  • Entulho de construção: composto por restos e fragmentos de materiais;
  • Entulho de demolição: composto apenas por fragmentos.

A falta de gerenciamento deste resíduo gera desperdício. Afinal, houve custo financeiro e ambiental para a obra. Por isso, é importante conhecer os resíduos gerados na sua obra, para evitar prejuízos.
entulho - construção civil 00

Como fazer o descarte do entulho

As principais regras federais a respeito do descarte de resíduos da construção civil são a Resolução 307 do CONAMA  (Conselho Nacional de Meio Ambiente) e a Lei 12.305/2010, que institui e dispõe sobre Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Segundo elas, a responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos da construção civil e dos geradores, transportadores e administradores municipais.

Assim, cabe aos municípios elaborar um Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil, estabelecer áreas adequadas para o descarte do entulho, procedimentos para o licenciamento das áreas que receberão esses materiais e incentivar a redução, reuso e reciclagem, entre outras medidas.

Por sua vez, o construtor tem a responsabilidade de:

  • Implantar planos de gerenciamento de resíduos em suas obra;
  • Reduzir a geração de entulho;
  • Reduzir o desperdício de materiais;
  • Reutilizar e reciclar quando possível;
  • Descartar os restos de forma adequada, sob pena de multa.

Já os transportadores, como as empresas de caçambas, também são responsáveis pelo destino dado ao resíduos das obras. Eles devem ser levados de forma correta para reciclagem ou aterros.

Destinação do entulho da construção Civil

Reciclagem ou reutilização

Os resíduos da construção civil devem ser reciclados ou reutilizados, como é o caso de blocos, telhas, azulejos, madeiras, papelão etc.

A reutilização e reciclagem de entulho está consolidando-se como uma prática importante para a sustentabilidade das empresas de construção civil. Pois, além de diminuir o impacto ambiental, também reduz os custos das obras.

Assim, para evitar desperdícios, uma boa gestão de resíduos no canteiro de obras é essencial durante a realização do trabalho.

Também, é importante fazer a correta separação para posterior reuso ou reciclagem do entulho, diminuindo a quantidade de material destinado ao descarte em aterros.

Descarte

Quando não for possível seu reuso ou reciclagem, o entulho pode ainda ser encaminhados para aterros sanitários apropriados.

Restos de materiais inflamáveis ou que possam causar danos à saúde humana e/ou contaminação ambiental, como tintas e solventes, devem ser encaminhados para áreas de transbordo e triagem ou aterros industriais.

entulho

Dicas para um descarte correto do entulho

  • Os resíduos que serão reciclados devem estar o mais limpo possível. Entulhos que contenham gesso, asfalto, amianto, madeira, plástico, papel, ferragens e etc., dificultam o processamento nos britadores.
  • O entulho não podem ser descartados de forma convencional. Por isso, em algumas cidades existem pontos para recolhimento.
  • A reciclagem ou o reaproveitamento pode acontecer na própria obra, eliminando os custos com a logística.
  • Basicamente, a reciclagem é realizada pela: triagem, trituração e classificação dos materiais.
  • Ao contratar uma empresa para recolher o entulho de sua obra, tenha certeza de que ela é regularizada e irá levar o material para locais adequados. Dessa forma, você evita ser multado.
  • Consulte a Prefeitura de sua cidade e veja quais são os locais adequados para recolhimento. Cada município possui suas regras para descarte e reciclagem.

E aí, gostou de saber um pouco mais sobre o descarte do entulho gerado pela construção civil? Pois então, continue acompanhando nossa Revista Digital, temos sempre novidades do mundo da construção, arquitetura e decoração.

Tipos de concreto

Tipos de concreto no mercado da construção

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O cimento é utilizado em construção há muitos séculos, estando presente em obras da Antiguidade como o Panteão e o Coliseu. Porém, esse cimento era composto de cal e cinzas vulcânicas, ou seja, muito diferente da composição atual que é a base de diferentes tipos de concreto.

Hoje, por sua vez, o concreto que utilizamos é uma mistura de cimento, água, agregados miúdos e graúdos, e, em alguns casos, aditivos. Ele é um material que está em todo lugar, literalmente do mais alto do céu ao fundo do mar e da terra. Dessa forma, é possível encontra-lo fundações de plataformas petrolíferas em oceanos, em túneis, minas, pontes e arranha-céus.

Sabendo disso, vamos agora falar sobre os diferentes tipos de concreto encontrados no mercado da construção.

 

Acompanhe e boa leitura!

Tipos de concreto - Cimento

Principais tipos de concreto

Existem diferentes tipos de concreto, com propriedades diversas para variadas finalidades.

Assim, a escolha do concreto apropriado para cada obra deve levar em consideração alguns fatores como:

  • Custo;
  • Tipo de construção;
  • Disponibilidade na região;
  • Produtividade;
  • Existência de mão de obra treinada.

1. Concreto convencional

Consiste na mistura de cimento, água, agregados graúdos e miúdos. É necessário o uso de vibradores e adensadores para que sua execução seja correta.

Apresenta uma consistência mais seca, pois contém com aditivos, e menor trabalhabilidade. Deve ser lançado com o auxílio de carrinhos de mão, gruas e outros meios de transporte manuais.

Possui resistência à compressão e, por não apresentar aço, a resistência à flexão é baixa.

2. Concreto armado

Esse tipo de concreto é o mais comum de ser encontrado nas obras atuais. Trata-se da união do concreto com as barras de aço, unindo a resistência à compressão com a resistência à tração.

Pode ser usinado ou feito na própria obra e também não apresenta aditivos em sua composição.

3. Concreto usinado

É o concreto produzido em concreteira e, por isso, passa por um elevado controle de qualidade e rigorosa pesagem dos materiais constituintes e tempo de mistura.

Por meio desse processo, o cliente pode especificar as características que deseja no concreto, tais como, maior ou menor tempo de pega, maior trabalhabilidade, resistência etc.

4. Concreto protendido

O concreto protendido é o tipo de concreto que deve ser usado em grandes vãos livres, reforços estruturais e construção ou reforma de ambientes agressivos, como fábricas e indústrias.

Essa técnica consiste na colocação de cabos de aço com elevada resistência que podem ser tracionados antes ou após a concretagem.

5. Concreto autoadensável

Esse concreto é utilizado quando se necessita de alta fluidez sem que ocorra exsudação e segregação.

O concreto autoadensável elimina a necessidade de vibradores e adensadores.

No entanto, seu ponto negativo é o alto custo. Assim, seu uso só é indicado depois de um estudo de viabilidade.

Tipos de concreto - Mercado da construção

6. Concreto de alta resistência

Esse tipo de concreto apresenta resistência superior à dos concretos convencionais.

No entanto, devido ao maior consumo de cimento, esse concreto apresenta grande tendência a retração, que pode ser reduzida  por meio da adição de pozolana ou aditivos.

Dessa forma, por ser muito resistente, ele é utilizado, principalmente, em fundações, estruturas em edifícios de muitos pavimentos, etc.

7. Concreto rolado

Já o concreto rolado, é empregado, principalmente, como sub-base em pavimentações, barragens e pisos de estacionamento.

Os materiais que o compõem são semelhantes aos do concreto convencional, porém com menor consumo de cimento.

Ele deve ser aplicados por meio da compactação com rolos compressores.

8. Concreto leve

Esse tipo de concreto apresenta menor massa específica por ser composto por agregados leves e deve ser utilizado quando for necessária a redução de peso estrutural.

No entanto, mesmo apresentando menor massa específica, sua resistência não é reduzida e geralmente, é aplicado em estruturas pré-fabricadas e estruturas pré-moldadas.

9. Concreto celular

Por fim, o concreto celular que, ao invés de utilizar de agregados de menor massa específica em sua composição, é utilizada uma espuma especial.

Ele é geralmente, é aplicado em paredes, divisórias, painéis pré-moldados e pré-fabricações, pisos, etc.

Gostou? Agora você já sabe um pouco mais sobre os diferentes tipos de concreto? Então, para continuar aprendendo e se atualizando, continue seguindo nossa revista digital, com notícias e novidades do mercado da construção.

Bioconcreto

BIOCONCRETO, o concreto que se regenera sozinho!

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O concreto, como todo material usado na construção civil, é suscetível a uma série de problemas que reduzem sua durabilidade e resistência. Por isso, pesquisadores holandeses da Universidade de Delft, chefiados pelo microbiólogo Henk Jonkers, desenvolveram o chamado bioconcreto ou concreto vivo.

O grande diferencial do bioconcreto para os outros tipos de concreto é que ele se regenera sozinho e é totalmente inspirado na natureza.

Ficou interessado no assunto? Então acompanhe nosso texto e conheça o bioconcreto, uma material que, nas palavras dos cientistas envolvidos no projeto, “vai revolucionar a maneira como construímos”.

Acompanhe e boa leitura!

Bioconcreto - Concreto vivo

Como funciona o bioconcreto

A solução para a auto regeneração do concreto veio diretamente da biologia, mais precisamente do estudo das bactérias.

A ideia era utilizar bactérias dormentes que fossem capazes de sobreviver a um ambiente de alto pH,  como é o caso do concreto. Elas deveriam também possuir a característica de serem ativadas quando detectassem presença de umidade no ambiente. Ou seja, elas deveriam despertar quando houvessem fissuras ou rachaduras na estrutura que permitissem a entrada de água.

Como se percebe, as bactérias tem uma função fundamental no bioconcreto. Mas claro, não poderia ser qualquer bactéria. As bactérias utilizadas no concreto vivo deveriam ser aquelas que eliminam calcário como produto de sua digestão. E, como você já pode imaginar, é justamente esse calcário que vai preencher o espaço aberto nas fissuras ou rachaduras.

No mais, essas bactérias devem ainda ter a capacidade de sobreviver em um ambiente com alto pH e para isso ela devem formar endósporos, uma espécie de proteção que permite que elas permaneçam inativas por longos períodos.

Interessante, não? A partir dessas premissas, os cientistas partiram em busca de uma espécie de bactéria que fosse capaz de desempenhar essa função de regeneração do concreto. Após algum tempo, ela foi encontrada na Rússia, em lagos que possuem um alto pH e também em crateras de vulcões ativos.

E aqui, vale destacar um dado surpreendente: essas bactérias formam esporos e podem sobreviver por mais de 200 anos nas construções.

Regeneração do Bio-concreto

Como é feita a regeneração do concreto

Quando existem danos como rachaduras, a estrutura interna é exposta à umidade. E isso, por sua vez, ativa as bactérias. Quando elas “acordam”, passam a consumir o lactato de cálcio da mistura. Como resultado da digestão, elas liberam calcário que ocupa o espaço aberto pela rachadura. E detalhe: tudo isso ocorre em um prazo médio de três semanas.

O bio-concreto pode recuperar rachaduras de qualquer comprimento. Porém, com uma largura máxima de 0.8 milímetros.

Bioconcreto

Custos do bioconcreto

Um dos objetivos do bioconcreto é diminuir o custo de manutenção de construções. Porém, o custo para implementar essa tecnologia é muito alto. Seu custo de produção na Europa é quase o dobro do custo do concreto comum.

Em contrapartida, a vida útil de 200 anos da bactéria é uma grande vantagem competitiva. Afinal, isso reduz consideravelmente os custos de manutenção e é altamente sustentável.

Como se sabe, cerca de  7% das emissões de dióxido de carbono no mundo são causadas pela fabricação de cimento. Mas, com o uso de um material que se regenera sozinho, a produção de cimento poderia ser reduzida. Com um material que se auto regenera, parte dessa produção seria reduzida.

Gostou de saber mais sobre o bioconcreto ou concreto vivo? Então, não deixe de acompanhar nossa revista digital. Nela você encontra  notícias e novidades do mercado da construção, arquitetura e decoração e dessa forma,  se manter sempre atualizado.

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