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Poucos elementos decorativos e funcionais têm tanta representatividade quanto as lareiras. Afinal, com o forte apelo estético, ela pode trazer sensações de acolhimento, aconchego, romantismo e intimidade. Além disso, terá um ambiente quentinho durante as baixas temperaturas no inverno.
O modelo mais presente no imaginário coletivo é aquele à lenha, de alvenaria. Ainda que, com as possibilidades tecnológicas, as lareiras passaram a ter novos tipos e deixaram de ser uma exclusividade das regiões mais frias. Assim também, passando a serem adotadas também nas localidades de clima quente.
Como a rotina de uso dos espaços é algo que deve ser levando em conta na decoração, é importante um bom planejamento antes de decidir as melhores opções. Por isso, vamos compartilhar sobre os tipos de lareiras existentes, a melhor para cada cômodo e as informações sobre manutenção, gastos e segurança. Saiba tudo sobre elas!
Quais os tipos de lareiras que existem?
1. As lareiras ecológicas
Esse tipo de lareira tem sido bastante difundido no mercado, especialmente pela diversidade que proporciona. Ou seja, é possível encontrá-lo com outros nomes: biolareira, lareira à álcool, lareira à etanol ou queimadores. Veja os detalhes a seguir.
● Estrutura técnica
As lareiras ecológicas possuem parede dupla de aço inox, com o interior revestido por manta cerâmica. São relativamente leves e vêm acompanhadas de uma haste para acender, abrir e fechar o equipamento. Há estruturas de 60 centímetros, por exemplo, que podem aquecer uma área de até 40 metros quadrados.
● Fonte de alimentação da chama
Deve-se utilizar combustíveis renováveis acima de 92 graus para manter a chama acesa. Álcool de cereais, como por exemplo, milho e arroz, álcool de beterraba, cana-de-açúcar e etanol de posto de gasolina são alguns deles.
O tempo de queima vai depender de dois fatores: o tamanho do recipiente de cada modelo e o nível de circulação de ar. Uma área que tenha muito contato com o vento, acelera o processo de queima, impactando no desempenho do tempo.
Uma vez que o combustível termine, a chama apaga e é necessário o reabastecimento. Leia atentamente a recomendação disponível no manual de cada fabricante, pois, embora as informações destacadas aqui sejam gerais para esse tipo de lareira, os detalhes específicos são informados caso a caso.
● Intervenção local
As intervenções no espaço físico vão depender da demanda de utilização, já que as biolareiras podem ser instaladas de diversas maneiras. Podem ser fixas, encaixadas em móveis, em nichos de madeira, porcelanato ou pedras, só para citar algumas.
● Modelos
Existem modelos portáteis, pequenos e decorativos, que vão desde características rústicas às mais futuristas. Estão disponíveis não apenas as de chão, como também as de mesa, suspensas ou até mesmo para paredes.
2. Lareiras elétricas
Lembra que comentamos anteriormente sobre a não exclusividade de lareiras em regiões de clima frio? É aqui que entram as lareiras elétricas. Mas isso não significa que elas não sejam funcionais quanto ao conforto térmico exigido pelo frio.
Além disso, alguns modelos oferecem simulações do fogo em 3D, produzindo aquela estética visual e suprindo o imaginário afetivo que algumas pessoas têm, mesmo morando nas cidades mais quentes do Brasil. Acompanhe!
● Estrutura técnica
As características técnicas são semelhantes à de um aquecedor. Pode ser acionada por controle remoto e além disso, dependendo do modelo, pode-se escolher as cores das chamas e a intensidade do calor.
● Fonte de alimentação da chama
Neste caso, o fogo real não está presente. A funcionalidade do aquecimento, o que inclui o tempo de uso, depende do fornecimento de energia elétrica e da potência do equipamento.
● Intervenção local
É necessário saber se o ambiente de utilização comporta a potência necessária. Por isso, conte com especialistas da área para não ter complicações ao adquirir um tipo que não esteja adequado ao lugar que você deseja utilizar.
As indicações do fabricante devem ser consideradas, já que alguns modelos precisam de um espaço mínimo para a circulação de ar. Caso contrário, podem gerar superaquecimento.
● Modelos
A maioria tem um padrão quadrado ou retangular, o que as permitem serem usadas como um quadro de parede. Assim, elas podem ser embutidas em móveis, em nichos diversos e em gessos. Do mesmo modo, elas podem ocupar o espaço de uma lareira tradicional que foi desativada.
3. Lareiras à gás
Assim como as anteriores, as lareiras à gás oferecem praticidade, porque dispensam grandes manobras espaciais como são as que requerem chaminés e outros recursos.
● Estrutura técnica
Para utilizar este tipo de lareira é importante prever o ponto de gás desde o início da obra. Por isso, para o acendimento, também é necessário um ponto elétrico e algumas opções oferecem controle remoto.
Antes de adquirir o produto, veja se o mesmo oferece detalhes, como sensores de trava de gás e detectores de vazamento, que são meios para interromper o funcionamento em caso de falha.
● Fonte de alimentação da chama
A fonte de alimentação é o gás encanado ou de botijão. Há modelos que contam com a programação do tempo de queima e, caso não seja especificado pelo usuário, apagam-se automaticamente após cinco horas de uso.
● Intervenção local
Por depender dos pontos de gás e elétrico, pode não ser prático para os espaços em que a instalação de gás não esteja prevista. Por isso, a importância do planejamento prévio ao período de construção ou reforma.
● Modelos
Há muita variedade de modelos. Alguns são parecidos com a estrutura inox da lareira ecológica, nas quais se utilizam de maneira complementar ao nicho, pedras vulcânicas ou lenhas de cerâmica refratária, assim, dando um toque especial de beleza.
Saiba mais sobre lareiras à gás: Lareira a gás: Como funciona e qual o melhor modelo?
4. Lareiras à lenha
Mesmo com tantas variedades no mercado, há os que não abrem mão da tradicional lareira à lenha. Os argumentos vão desde gostar do cheirinho da lenha queimando, ao som do fogo durante a queima e até mesmo porque ela sempre foi o sonho de consumo tão esperado.
Se este é o seu caso, veja as informações abaixo.
● Estrutura técnica
As lareiras à lenha exigem detalhes como caixa de fogo, coifa e duto. Os materiais para sua composição são bem mais pesados, já que contam com pedras, cimento e tijolos.
● Fonte de alimentação da chama
O fogo desse tipo de lareira depende da lenha. Logo, o espaço de armazenagem do material deve estar previsto e ter a ventilação adequada para evitar que as lenhas umedeçam.
A duração da queima requer alguns cuidados para que seja mantida. Por exemplo, as lenhas devem estar bem secas. A intensidade da temperatura vai depender do tamanho dos cortes ou do nível do fogo no material: a madeira no ponto de carbonização emite menos calor do que a madeira em chamas.
● Intervenção local
Como vimos anteriormente, as intervenções no ambiente não são tão simples quanto as que foram apresentadas anteriormente.
Considerando os modelos de alvenaria, temos uma construção mais complexa dentro do contexto geral do projeto. Cálculos como profundidade da lareira e o tubo da chaminé que ultrapassa a parte superior da casa, bem como a grelha de ventilação necessária para não esgotar o oxigênio do ambiente, são pontos relevantes a serem considerados. Saiba mais!
● Modelos
Salvo, guardados todos os cuidados necessários, é hora de aproveitar as possibilidades. Esse tipo de lareira também permite atender a grandes áreas e levar calor a outros cômodos das residências.
Além do já mencionado modelo de alvenaria ou abertas, encontramos por exemplo, modelos de canto, central, rústicas, de ferro, fechadas, revestidas com pedras, com porcelanato e até mesmo as que dão um toque mais moderno ao ambiente como as suspensas.
5. Lareiras externas
Nos modelos externos, encontramos as versões à gás, à lenha e ecológicas, garantindo aquele momento intimista no jardim, na varanda, na piscina… Desse modo, considere os aspectos citados, para escolher a que se adequa melhor às suas necessidades.
6. Lareiras portáteis
As portáteis representam facilidade e uma dinâmica mais livre para transportá-las de um ambiente a outro. Mas para isso, observe as questões de segurança que detalharemos mais abaixo.
Qual tipo é melhor para cada cômodo?
Primeiramente, para responder a essa pergunta, deve-se ter em mente alguns aspectos como: a dinâmica dos usuários da casa, o tamanho dos espaços, qual a estética presente na composição, tempo estimado de uso, se vai haver comunicação entre os ambientes, finalidade, a disposição dos móveis, entre outros. Veja alguns exemplos:
Para aquecer o espaço
Lareira no quarto
Lareira de centro na sala de estar
Lareira elétrica portátil na salinha de estar
Lareira de etanol na sala/ambiente integrado
Lareira portátil em ambiente integrado
Lareira de chão no jardim
Para os dias de celebração na área externa
Valorizando os cantinhos externos
Lareira na área da piscina
Como é a manutenção, o gasto e o que eu preciso fazer para usar com segurança?
● Segurança
Todos os tipos de lareiras devem respeitar os protocolos e normas atualizadas, estabelecidas pelas entidades competentes. Como por exemplo, no Brasil, temos a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que dita as adequações e as padronizações necessárias.
Além disso, é fundamental contar com profissionais qualificados e a leitura completa do manual de cada equipamento, para que não haja dúvida na hora de utilizar.
Outras recomendações são dadas pelo Corpo de Bombeiros sobre a utilização de equipamentos e inflamáveis: evitar a proximidade com cortinas, sofás, toalhas e outros elementos passíveis de incêndio.
Ademais, mantenha o ambiente ventilado, uma pessoa responsável monitorando o fogo e tenha cuidado com as crianças e os animais de estimação quando eles estiverem por perto. Além disso, foi verificado que as pessoas com diabetes têm redução da sensibilidade à dor e podem não perceber que estão sofrendo queimaduras.
● Manutenção e Gastos
Podemos afirmar que as lareiras à lenha são o modelo que demanda mais manutenção. As cinzas devem ser totalmente removidas antes de uma nova queima; pelo menos uma vez ao ano é necessário verificar se a tubulação está desobstruída; algumas espalham fuligens no ambiente e ainda estão os cuidados no armazenamento adequado da lenha. Em contrapartida, as demais não contam com esse trabalho.
Em relação aos gastos, as lareiras elétricas podem representar um aumento significativo na conta de luz, principalmente se o tempo de uso for longo e durante muitos dias.
Quanto aos outros tipos, é importante prever o tempo de uso em horas e dias e a fonte geradora de calor. Observamos que as lareiras à gás podem oferecer uma boa relação custo-benefício. Mas como dito anteriormente, depende dos objetivos de cada um. O fato é que diante de tantas possibilidades, é possível realizar o cenário dos sonhos com a lareira certa para cada gosto! Boas escolhas!